09 de março | 2024

Comerciante quer alternativas urgentes para o comércio central

Compartilhe:

IMPACTO NEGATIVO!
A reinplantada Zona Azul terceirizada em Olímpia desafia comerciantes e clientes do centro. Jonas Henrique do Carmo Oliveira expressa preocupações com o sistema de estacionamento e seus efeitos no comércio local.

Jonas Henrique do Carmo Oliveira, um comerciante afetado pela reimplantação da Zona Azul em Olímpia, compartilhou sua experiência e as repercussões negativas observadas desde a instalação do sistema. “Infelizmente, acaba afetando de uma maneira negativa, porque o pessoal fica receoso de entrar na loja, já com medo de levar uma multa. E o pessoal tá um pouco agressivo, né, em se tratando da multa. Tá faltando aí um bom senso na tolerância”, lamenta Jonas, destacando a urgência de revisões no modelo atual.

A introdução súbita da Zona Azul, sem um período adequado de adaptação ou discussão pública, gerou uma atmosfera de tensão entre os usuários e os administradores do sistema. Comerciantes como Jonas observam uma queda no interesse dos clientes em frequentar o centro, motivada pela preocupação com o estacionamento e o risco de multas.

CLIENTE TEM QUE ESTACIONAR MUITO LONGE

“Algumas [pessoas] acabam nem vindo. A gente acaba encontrando [clientes] fora do centro. O pessoal fala que fica fora de mão, que tem que estacionar longe porque ninguém quer gastar a mais”, relata, indicando uma redução direta no movimento e, por consequência, nas vendas.

A duração de dez anos do contrato com a Olipark é vista com ceticismo por Jonas, que considera o período excessivamente longo e propenso a criar uma “zona de conforto” para a empresa, potencialmente em detrimento da qualidade do serviço prestado.

“Deveria ter havido um plebiscito a respeito disso, mas não teve. Agora, paciência. Só que a nossa opinião, infelizmente, não vale para muita coisa”, expressa, sugerindo que um contrato mais curto permitiria uma avaliação mais efetiva do sistema e oportunidades para correções.

CLIENTES FORAM MULTADOS

O comerciante também relata casos de clientes que foram penalizados por multas em situações onde a flexibilidade e o bom senso poderiam ter prevalecido. “Teve um caso de uma cliente que estacionou aqui, num período que ela foi procurar para comprar a licença para ficar estacionada, e a moça já autuou ela. Não deu dois minutos. Então, por isso que a gente citou até o bom senso”, exemplifica, apontando a necessidade de uma tolerância mínima que permita aos usuários do estacionamento uma margem de manobra sem penalidades imediatas.

Jonas critica a falta de comunicação e suporte adequado por parte da empresa responsável pela Zona Azul, mencionando que não houve orientações claras ou assistência para os comerciantes e seus clientes. A ausência de um diálogo construtivo e a implementação unilateral da medida contribuem para um ambiente de incerteza e insatisfação.

ALTERNATIVAS QUE CONSIDEREM
NECESSIDADES DOS COMERCIANTES

Diante dos desafios apresentados pela Zona Azul, Jonas sugere a exploração de alternativas para o gerenciamento do estacionamento que considerem tanto as necessidades dos comerciantes quanto as dos clientes. Ele propõe uma distribuição mais equilibrada do estacionamento tarifado, não limitando as áreas de cobrança ao centro da cidade, e sugere a implantação de tarifas diferenciadas para comerciantes, aliviando os custos adicionais impostos por um sistema que, em sua visão, foi “mal planejado”.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas