02 de agosto | 2010

Casos de diarréias crescem cerca de 30% nesta semana

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Os casos de diarréias cresceram cerca de 30% durante esta semana, segundo informou na tarde desta sexta-feira, dia 30, a coordenadora de Vigilância e Saúde, Marli Manzatto dos Santos Belluci. Embora sem um levantamento preciso, ela disse que os atendimentos no Pronto Socorro da Santa Casa aumentaram da média semanal de 54 casos para pouco mais de 70.


Quando atendeu a reportagem desta Folha, disse, inclusive, que estava verificando a situação porque tinha recebido informação dois dias antes do aumento de casos. “Estamos investigando desde a quarta-feira, porque teve um aumento no dia e ai a gente fica alerta”, explicou.


De acordo com ela, normalmente ocorrem em média 54 casos por semana e, nesta, passou para pouco mais de 70 casos de desarranjos intestinais. “É normal para uma cidade de 50 mil habitantes. Quando aumenta que a gente tem que ficar preocupada”.


Segundo a informação da coordenadora, os problemas estão localizados exclusivamente ao atendimento do Pronto Socorro da Santa Casa. “Não tive nenhum atendimento em UBS”, acrescentou. Porém, diz que não houve casos de internações de casos graves.


“Que eu saiba apenas uma pessoa que ficou dois ou três dias tomando soro, mas só. Porém, o clima é que está muito seco e, quando fica assim, a probabilidade de ocorrer diarréias é muito grande, porque ela é sazonal. A gente sempre tem um pequeno aumento em agosto, mas a gente sempre investiga se está localizada ou não, mas não está localizado, está disperso”, explicou.


SITUAÇÃO NORMAL

Porém, descarta um surto da doença. Para caracterizar um surto não é considerado apenas o aumento de casos, mas também se o que está ocorrendo está localizado em apenas um bairro da cidade. Os casos estão distribuídos em todas as faixas etárias, segundo informou.

O fato de ser o período de férias também pode ter relação com esse crescimento de casos. As crianças, principalmente, estão sempre mais agrupadas brincando praticamente o dia todo.

No entanto, destaca que não há como saber se tem alguma relação ou não com os casos registrados no início do ano. “Só tenho condição de dizer se fizer exame e só faço exames a partir de um surto, que ainda não foi caracterizado”, justificou.

Como se recorda, no final de 2009 e início de 2010, a cidade enfrentou um problema que, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi provocado pelo ‘norovírus’, encontrado em parte dos exames encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.


O surto que surgiu a partir de 30 de dezembro de 2009, atingiu centenas de pacientes, a maioria com mais de dez anos de idade, apresentando vômitos e diarréias, com sintomas geralmente associados às viroses.

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