11 de maio | 2008

Casal olimpiense adota irmãos em orfanato

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As muitas pessoas que pensam que a adoção de filhos surge na vida de um casal apenas para dar solução a possíveis dificuldades de gerar os seus, seja por problemas clínicos que envolvem o aparelho reprodutivo da mulher ou ainda que seja por disfunção hormonal no homem, estão redondamente enganadas.

No caso específico de uma mulher que, com a finalidade de preservar principalmente, a individualidade das crianças, será identificada apenas por Dona Maria, o desejo de adotar uma criança surgiu ainda no período de namoro do casal. A questão, garante a mãe adotiva, foi, por muitas vezes, conversada antes do casamento.

Porém, mesmo assim, conta que antes de tomarem a decisão definitiva, teve uma gravidez mal sucedida e, como a idéia já estava incrustada no pensamento de ambos, foram em busca de concretizar o desejo maternal, mas que também já era do hoje pai de crianças.

E mesmo com a diferença de idade que há entre os dois filhos – um ano e cinco meses – Dona Maria se sente uma mãe de gêmeos. "Falo sempre que virei mãe de gêmeos porque vieram juntos para a gente, grandes e já com hábitos, mas que a passos de ‘formiguinha’ (sic) fomos lapidando, mas não foi fácil não", avisa.

Aos 31 anos de idade, casada há nove, Dona Maria não deixa de considerar que por ter feito uma adoção tardia, isto é, já não eram mais bebês, no início houve certa dificuldade. Quando da adoção, J. que é o mais velho tinha três anos e meio e R. estava com dois anos. "Mas foi amor à primeira vista", comemora.

E o envolvimento emocional com a adoção, por causa da demora para a expedição da documentação definitiva da adoção, que durou cerca de três anos e meio – ficou pronta em meados do mês de abriu próximo passado – faz com considere que teve uma gravidez que durou cerca de três anos e meio.

"Acho que é a mesma coisa. Só não nasceram de mim. De resto é igual. O mesmo amor. São as mesmas preocupações. Eu falo para a psicóloga que foi só o detalhe de não ter saído da minha barriga. De resto sinto como se fossem meus mesmo. Nasceram para ser meus", enfatiza.

Mãe normal

Dona Maria, que independente da situação de adoção se considera uma mãe normal, conta que faz de tudo pelos dois meninos e tem todas as preocupações normais de uma mãe biológica. "Parece que nem tive vida. Acho que nunca vivi sem eles", reforça.

Porém, no caso de adoção, o tratamento dado aos filhos exige mais determinação, coragem e persistência, até para enfrentar o período de adaptação. Mas já avisa que a família ainda vai crescer mais.

Ela pretende, ainda, além de adotar uma menina, gerar um filho ou filha, talvez no próximo ano. O assunto, inclusive, já é tratado com os dois. "Vou esperar um pouco até eles se adaptarem mais, terem mais segurança", afirma.

No caso do mais novo, especificamente, conta que já há garantia de que será um ‘irmãozinho’ bastante ciumento.

"É muito difícil uma adoção tardia como foi meu caso. Agora, quando é bebê, não sei como deve ser. Talvez pode ser mais fácil ou mais difícil na hora de você contar. No nosso caso você não pode desistir da criança. Muita gente pergunta: eles te chamam de mãe? Desde o início foi assim, no primeiro dia estavam ‘meio assim’ (sic) e no outro dia me chamaram de mãe".

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