Embora as informações sejam de um período de votação com muita tranquilidade e sem problemas relacionados às urnas eletrônicas, houve casos de eleitores que, mesmo morando em Olímpia, queriam votar em candidatos de outros estados, inclusive um do Distrito Federal. A informação foi confirmada pelo chefe do Cartório da 80.ª Zona Eleitoral, Ailton Issagawa, durante entrevista que concedeu à imprensa na tarde de terça-feira desta semana, dia 9.

“Em relação às urnas nós não precisamos trocar nenhuma delas. Todas funcionaram a contento. O que nós tivemos foi problema com energia elétrica. Falta de energia por conta das tempestades”, afirmou.

As ocorrências registradas no cartório eleitoral, segundo ele, foram consideradas naturais, mas ligadas às dificuldades para o eleitor entender o processo eleitoral ou mesmo a falta de habilidade no uso dos equipamentos, como a própria urna eleitoral.

De acordo com Issagawa, surgiam pessoas reclamando que digitavam o número de um candidato e que aparecia outro nome. Mas nesses casos uma verificação na secção eleitoral indicava que o eleitor queria votar em um candidato de outro estado ou mesmo do Distrito Federal. “Faltou compreender que a eleição é estadual. Nós elegemos deputados federais ou senadores pelo Estado de São Paulo para atuar no Congresso Nacional”.

Ainda não é caso de candidatos de outros estados – também segundo o chefe do cartório, foram de vários estados – caso houvesse um candidato com o mesmo número em São Paulo o voto poderia até ser confirmado. Caso contrário a urna registraria como voto anulado.

“Muito que se coloca como irregularidade da urna eletrônica, na verdade, está relacionado com a dificuldade de entendimento do processo eleitoral e a falta de familiaridade com o equipamento eletrônico”, reforçou.

Por outro lado, não foi divulgado um total exato de justificativas eleitorais registradas em Olímpia, mas no Thermas, por exemplo, foram pouco mais de 1,5 mil. Já no Hot Beat cerca de 300 casos.

REPORTAGEM

A reportagem esteve em duas secções eleitorais por volta das 11 horas e a situação era bastante tranquila. Não havia filas na primeira secção visitada, mas havia santinhos de candidatos, principalmente de Olímpia. Em contato com mesários e fiscais eles informaram que nesses locais a votação estava sendo tranquila. Na segunda secção visitada era possível ver filas (duas ou três) de 4 ou 5 pessoas no máximo.

Segundo informações, a situação também esteve muito tranquila durante o dia todo. Do momento em que a pessoa apresentava os documentos e a até terminar a votação demorava em torno de 1 minuto e 30 segundos a 2 minutos em média.

Em relação à chamada boca de urna foram vistos grupos de pessoas conhecidas pelas ligações com políticos locais em atitudes que poderiam estar fazendo boca de urna, fato que sempre ocorre e que quando se trata de eleição municipal a quantidade é muito maior.