05 de março | 2008

Carneiro já tem plano “B” para enfrentar condenação no TRE

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Embora tenha negado sentir insegurança judicial que impeça de continuar apoiando o atual vice-prefeito, José Augusto Zambom Delamanha, para disputar a cadeira de prefeito do município de Olímpia, nas eleições municipais de 5 de outubro deste ano, o prefeito Luiz Fernando Carneiro já tem um plano alternativo para tentar manter seu grupo político à frente da administração do município, caso o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) casse sua diplomação e do vice.

É o que se pode depreender das informações divulgadas no domingo, dia 2, pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto. Segundo o que foi publicado pelo jornal o plano B de Carneiro, neste caso, seria a candidatura de seu líder na câmara, João Batista Dias Magalhães ou mesmo seu secretário de Obras, Gilberto Tonelli Cunha, este que tem acompanhado Carneiro em quase todos os eventos políticos. “O vereador João Magalhães e o secretário de Obras, Gilberto Tonelli, são nomes que poderão ter meu apoio”, teria dito ao jornal.

No entanto, mesmo com a possibilidade do impedimento eleitoral de Delamanha, Carneiro, que está mantido no cargo por meio de uma liminar, afirma que quer terminar o segundo mandato com a eleição de um sucessor que integre seu grupo político. “Vou trabalhar para que meu candidato vença a eleição”, afirmou.

O seu candidato preferido é o atual vice, que seus adversários afirmam que pode ter dificuldades em emplacar o nome, se for mantida na segunda instância a condenação da Justiça Eleitoral da 80.ª Zona, comarca de Olímpia, juntamente com o com o prefeito e a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Izabel Cristina Reale Thereza, por compra de votos e abuso do poder econômico nas eleições de 2004. No mês janeiro eles tiveram os diplomas cassados pela Justiça Eleitoral local.

“Essa denúncia é requentada. Já consegui uma liminar para permanecer no cargo. Se ao final do julgamento do processo houver condenação, a sentença não valerá para as gestões seguintes”, argumenta Carneiro.
Por outro lado, segundo o jornal, o PT e o PSDB articulam aliança política em Olímpia para tentar vencer o grupo do atual prefeito na eleição municipal de outubro. As conversas para a união entre os dois partidos, inimigos no cenário nacional, estariam avançadas.

O presidente do PSDB e pré-candidato a prefeito, Luís Gustavo Pimenta, teria dito ao jornal que da união com o PT poderá sair os nomes para a disputa dos cargos de prefeito e vice-prefeito. “Nossas conversas caminham nesse sentido, pela união, já que hoje os dois partidos estão juntos no grupo que faz oposição ao atual prefeito”, disse.

Para o sindicalista Hilário Juliano Ruiz de Oliveira, tesoureiro do PT, as desavenças históricas entre os dois partidos não refletem no comando das legendas em Olímpia. “Temos um bom relacionamento. O prefeito tem um estilo autoritário e para a oposição vencer, deve estar unida”, diz o petista ao comentar sobre a aproximação.

Oliveira teria informado ainda a possibilidade de agruparem também ao DEM, liderado pelo vereador Eugênio José Zuliani. A finalidade é a de fortalecer ainda mais essa aliança política. “Se o DEM entrar para o grupo podemos definir o candidato a prefeito escolhendo um nome dessa coalizão (PT, PSDB e DEM)”, reforçou.

No entanto, ainda segundo o jornal, se o DEM se juntar ao grupo, não abrirá mão de indicar o candidato a prefeito. O principal nome do partido é o de Zuliani. “Sou pré-candidato a prefeito e vou tentar viabilizar meu nome nas alianças com os partidos”, disse.

Sobre a união com o PT, Zuliani desconversa. “Acredito que a aliança mais viável seria a tradicional, que envolve DEM, PSDB, PTB, PPS e PSL”, afirmou. A oposição a Carneiro conta ainda com o nome de Celso Mazitelli, segundo colocado na eleição de 2004 e que assumiria o cargo caso o TRE confirme a decisão de 1.ª instância.

Se a ampla aliança da oposição se concretizar, o ex-prefeito José Fernando Rizzatti afirmou que os partidos deverão contratar uma pesquisa eleitoral que indicará os melhores nomes em condições de vencer a eleição. “Esses nomes receberão o apoio político dos partidos”, disse. Porém, se isso não ocorrer, o PSDB lançará candidato próprio, cujo nome ainda não está definido.

PEQUENOS
Os partidos pequenos também tentam articular alianças para a disputa eleitoral de 2008. De acordo com o ex-vereador Luiz Antonio Salata, membro do diretório municipal do PP, há possibilidade de seu partido se unir ao PV, Psol e PMN em torno de uma candidatura.

“Hoje somos um bloco partidário que atua na oposição ao atual prefeito e podemos seguir unidos na disputa da eleição municipal, até mesmo com um candidato a prefeito”, afirmou.

Para os pré-candidatos o principal tema da campanha política deste ano será o de colocar Olímpia novamente na “agenda” do governo do Estado. Assim como o presidente do PSDB, Zuliani acredita que o atual prefeito administra Olímpia de uma maneira individualista.

“Olímpia perdeu recursos estaduais e federais por falta de diálogo político. O governador José Serra (PSDB) visitou cidades da região, anunciou verbas e nem sequer visitou Olímpia. Isso não pode continuar ocorrendo”, afirmou o vereador do DEM.

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