21 de fevereiro | 2016
Câmara tem 20 dias para se adequar às normas de transparência
A Câmara Municipal de Olímpia tem até o dia 9 de março, ou seja, aproximadamente 20 dias, para se adequar às normas de transparência exigidas por lei e que agora estão sendo fiscalizadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP). Os problemas de acesso às informações são grandes dificultando muito a vida de quem quer obter dados, inclusive de projetos em tramitação.
Por exemplo, na semana retrasada a reportagem do jornal tentou acessar um projeto de lei que tratava da implantação do código de posturas, aprovado no dia 10 de fevereiro, e não conseguiu acessar. Mas outras situações anteriores ocorrerem também no mesmo sentido.
O presidente da UVESP (União dos Vereadores do Estado de São Paulo), Sebastião Misiara, comentou sobre a avaliação do Ministério Público atribuída às Câmaras de todo Estado. Segundo ele, infelizmente apenas uma Câmara Municipal, a de Várzea Paulista, tirou nota 10.
“Os resultados praticamente foram os esperados, mas podem ser melhorados, dependendo da boa vontade das Mesas Legislativas, assim como uma efetiva fiscalização por parte da população”, disse.
Para Misiara, muitas Câmaras preocupam-se muito mais em devolver dinheiro para as prefeituras “o que deve ser feito”, mas se esquecem de investir em tecnologias, cursos e seminários que aproximam o povo do legislador e os capacita para o mandato.
Na região, os resultados foram os seguintes: Bebedouro (5,7), Guaíra (5,1), Monte Azul Paulista (4,8), Colina (4,1), Olímpia (3,6), Barretos (3,3), Viradouro (2,8), Guaraci (2,2), Altair (1,4). A iniciativa pioneira, diz respeito à transparência de informações em seus respectivos portais.
As avaliações atribuíram notas numa escala de zero a 10 com objetivo de verificar se as Câmaras oferecem ferramenta on line que possibilite a fiscalização de contratos e dos gastos públicos pelos cidadãos.
As que apresentaram irregularidades foram notificadas pelo MP e todas têm prazo até o dia 9 de março para se adequar às normas legais de transparência.
Após esse período, nova avaliação será feita e, se não houver adequação, o MP poderá ajuizar ação civil pública. Misiara solicitou audiência ao Procurador Geral do Ministério Público, Márcio Elias Rosa, para criar mecanismos de apoio rápido às Câmaras Municipais.
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