11 de fevereiro | 2024

Buzzo diz que prefeito está sendo imoral e arbitrário com ex-funcionários do extinto Daemo

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SINDICATO EM AÇÃO!
Jesus Buzzo anuncia que vai entrar na justiça contra o decreto arbitrário baixado pelo prefeito.
Decreto que regulamenta indisponibilidade dos funcionários é considerado ilegal e inconstitucional por Sindicato.

 

Em entrevista concedida ao jornalista Silvio Faceto e exibida o Podcast Pod Pai e Filha pela rádio Cidade e redes sociais, de quinta-feira, 08, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia (SSPMO), Jesus Buzzo, denunciou arbitrariedades e ilegalidades contidas no decreto editado pelo prefeito regulamentado o destino dos ex-funcionários do extinto Daemo – Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia que, recentemente, foi concedido para a Sabesp.

O decreto, descrito por Buzzo como “arbitrário” e “inconstitucional”, coloca em xeque o futuro de dezenas de servidores, propondo uma disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, um método que critica veementemente por desviar-se das garantias estabelecidas pelo estatuto dos servidores.

IMORAL E IRREGULAR

“É imoral, é irregular”, afirmou Buzo, destacando a incompatibilidade do decreto com o direito dos servidores à remuneração integral em casos de extinção de cargos ou departamentos.

A entrevista revelou não apenas a complexidade da situação enfrentada pelos servidores do Daemo, mas também a determinação do SSPMO em buscar justiça.

Buzzo anunciou a intenção do sindicato de recorrer ao judiciário, preparando um mandado de segurança para suspender os efeitos do decreto. “Não vamos aceitar isso. Não vamos abandonar o servidor. Do jeito que está o prefeito poderá decidir quem vai proteger e quem vai ‘encostar’ e prejudicar”, assegurou, reforçando o compromisso do sindicato em defender os direitos dos trabalhadores municipais.

QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS

Além das questões legais e éticas levantadas pelo sindicalista, a entrevista tocou em pontos sensíveis da gestão municipal, como a terceirização de serviços públicos, a transparência na administração e o tratamento dado aos servidores públicos ao longo dos anos.

O presidente do SSPMO criticou a postura do prefeito em relação à categoria, mencionando tentativas anteriores de minar o sindicato e destacando a persistente busca do sindicato por justiça e equidade.

O cenário descrito por Buzzo pinta uma imagem preocupante de um governo municipal que, em suas palavras, vê o serviço público e seus servidores não como parceiros na construção de uma cidade melhor, mas como obstáculos a serem contornados ou removidos.

MEDIDA CONTRADIZ
ESTATUTO DO SERVIDOR

Jesus detalhou os aspectos jurídicos e morais que fundamentam a oposição do sindicato ao decreto. Segundo ele, a medida tomada pelo prefeito não apenas contradiz as disposições do estatuto dos servidores municipais, garantindo remuneração integral em casos de extinção de cargos, mas também levanta questões sobre a legalidade e a ética da administração municipal.

Além do impacto imediato sobre os servidores, a decisão tem repercussões mais amplas para a comunidade de Olímpia. A qualidade e a eficiência dos serviços públicos, já sob pressão devido à terceirização e outras políticas, podem ser ainda mais comprometidas. A percepção pública da administração municipal, já abalada por questões de transparência e justiça, enfrenta novos desafios.

A ação planejada pelo Sindicato visa suspender os efeitos do decreto, buscando uma resolução que preserve a integridade e os direitos dos trabalhadores municipais. “Não vamos deixar de lutar”, afirmou Buzo, reiterando o papel do sindicato como defensor dos servidores.

PREFEITO COM SÍNDROME DE DESU

Já o jornalista José Antônio Arantes, em seu podcast “Pod Pai e Filha”, de quinta-feira, 08, ao analisar denúncias do presidente do Sindicato dos Municipais sobre regulamentação da situação dos ex-servidores do extinto Daemo, não mediu palavras ao criticar a atual gestão.

Segundo ele o prefeito, ao final de seu mandato e querendo fazer o sucessor, estaria se comportando como se estivesse acima de qualquer autoridade ou crítica.

Descrevendo o prefeito como alguém acometido pela “síndrome de Deus”, Arantes pinta um quadro de uma liderança isolada da realidade e desconectada das necessidades da população que serve.

PREDISPOSIÇÃO PARA AUTOCRACIA

O jornalista detalha comportamentos e decisões que exemplificam a “síndrome de Deus” na gestão municipal, incluindo a extinção do Daemo e as mudanças na remuneração dos servidores públicos.

Esta atitude, segundo ele, revela não apenas uma falta de empatia, mas também uma predisposição para a autocracia, onde as decisões são tomadas sem considerar as consequências para aqueles afetados.

O âncora do Pod Pai aprofundou a crítica sobre a pessoalidade nas decisões, um tema especialmente sensível em ano eleitoral. “Existe a preocupação com a possibilidade de o prefeito usar seu poder para proteger aliados e prejudicar opositores, uma prática que corrói os fundamentos da democracia e do serviço público”. E complementa questionando a integridade de um sistema onde o mérito e a competência são secundarizados em favor de lealdades pessoais.

NEM MP, NEM VEREADORES FISCALIZAM

Arantes vai além, ao questionar o papel das instituições de fiscalização, como o Ministério Público e a Câmara Municipal. Ele critica a aparente inércia dessas entidades em face das ações que considera discrepantes da administração, questionando por que medidas mais assertivas não são tomadas para garantir a transparência e a justiça na gestão municipal.

A matéria enfatiza o impacto dessas práticas na comunidade de Olímpia, especialmente nos mais vulneráveis, que dependem diretamente dos serviços públicos e da integridade da administração municipal.

Ele sugere que apenas através de uma mudança cultural e política significativa, Olímpia poderá superar os desafios impostos por uma gestão que ele considera autocrática e desconectada das necessidades da população.

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