09 de maio | 2016

Promotora local é promovida e deve assumir em Rio Preto

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A promotora pública da 2.ª Promotoria de Justiça de Olímpia, Valéria Andreia Ferreira de Lima, poderá ser promovida por merecimento e assumir a 19ª Promotoria de São José do Rio Preto. O nome dela aparece na terceira colocação em uma relação para promoção por merecimento, em publicação do Diário Oficial do Estado (DOE) na edição de quinta-feira, dia 5 de maio.

De acordo com a informação publicada pelo site Giro Marília nesta sexta-feira, dia 6, a promotora ganhou notoriedade em investigações de fraudes públicas e investigação de autoridades em Olímpia e região.

Como o processo administrativo contra ela ainda está em tramitação, não existe nenhum obstáculo para promoção, que considera tempo de atividade da promotora, produtividade e aperfeiçoamento técnico dos promotores.

Mas o julgamento desse processo disciplinar não deve provocar punição muito grave à promotora. O regimento interno prevê ordem de punições que começam com censuras públicas.

Um dos processos que foram denunciados pela promotora Valeria Andrea Ferreira de Lima, titular da 2.ª Promotoria de Olímpia, que está tramitando em segredo de justiça, envolve um eventual enriquecimento ilícito que teria sido praticado pelo prefeito Eugênio José Zuliani e pessoas ligadas à administração pública.

Consta que a promotora se baseou em duas cartas apócrifas encaminhadas ao Ministério Público, acusando, no centro, o Secretário de Finanças de Olímpia, Cleber José Cizoto e que as denúncias anônimas falam em construção de escritório com equipamentos de ponta e edificação de imóvel pelo referido secretário municipal.

Trata-se de uma investigação de enriquecimento ilícito envolvendo o prefeito de Olímpia e mais 11 pessoas, dentre elas o ex-secretário municipal e ex-diretor da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, Walter José Trindade, além de seis empresas.

Como se recorda, além do prefeito Eugênio José Zuliani também estão sendo investigados: sua filha, Beatriz Mendes Zuliani; sua esposa Ana Claudia Casseb Finato Zuliani; Leonardo Christofalo Vietti; Maria Fran­cisca Lopes; o secretário municipal de Finanças Cleber Jose Cizoto e sua esposa Claudia Roberta Trindade Cizoto; Edson Ilario da Silva; Walter Jose Trindade; Isabel Aparecida Maragno Trindade; Marcos Garcia Laraya; e Matheus Ferreira Laraya.

O Ministério Público investiga ainda várias empresas, das quais três estariam em nome do prefeito: Cobrani Cobranças Empresarial Ltda., cujos representantes legais, ou prováveis proprietários, seriam Beatriz Mendes Zuliani e Eugenio Jose Zuliani; GZ Distribuidora Ltda – ME, que estaria em nome de Eugenio Jose Zuliani e Leonardo Christofalo Vietti ; LCG Aluguel de Equipamentos e Comércio de Maquinas Ltda., que estaria em nome de Eugenio Jose Zuliani e Maria Francisca Lopes; São Matheus de Olímpia Escritório de Contabilidade Ltda., em nome de Cleber Jose Cizoto de Edson Ilario da Silva; Datema Ambiental Saneamento Básico Ltda., em nome de Marcos Garcia Laraya e Walter Jose Trindade; e Laraya, Laraya & Laraya Ltda em nome de Matheus Ferreira Laraya e Marcos Garcia Laraya.

Promotora de Olímpia será julgada por órgão especial do MP no dia 18 de maio

A promotora da 2.ª Promotoria de Justiça de Olímpia, Valéria Andreia Ferreira de Lima, será submetida a julgamento em Processo Administrativo Disciplinar no dia 18 de maio, para responder pela acusação de ofensas aos analistas do Ministério Público em mensagens que teriam sido divulgadas por ela em rede social.

Valéria Andreia Ferreira de Lima, que desde o caso atua pela 2.ª Promotoria de Justiça de Olímpia, responde pelo Processo Administrativo Disciplinar número 13/2014 por causa das postagens que renderam repercussão estadual.

A promotora será julgada pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça no auditório Tilene Almeida de Morais, sede do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Nas postagens atribuídas à promotora, os analistas são chamados de “legião de frustrados que ganham mal” e receberam comentários do tipo “com o tempo, analistas serão um problema” e “tem que passar longe da aprovação”.

Os analistas ocupam um cargo razoavelmente recente na estrutura do Ministério Público. São advogados com salário inicial na faixa de R$ 7 mil e atuam como suporte ao trabalho dos promotores, que recebem R$ 22 mil de salário inicial. A mensagem foi postada em um grupo restrito, recebeu curtidas e apoio de outros promotores e acabou espalhada pela internet. Mas apenas Valéria responde pelas ofensas.

MENSAGEM POSTADA

“Complicado trabalhar com estes analistas. A pessoa entra às 9h e até as 13h30min faz dois processos digitais. Dois. Aí, você entrega um processo mais complexo e leva um, dois dias para finaliza manifestação de meia lauda. E depois querem passar em concurso. Tem que passar longe da aprovação. Com o tempo, esses analistas serão um problema, uma legião de frustrados que ganham pouco e que se acham muito. Socorro!!!”.

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