18 de fevereiro | 2024

Buzzo denuncia censura em tribuna “livre” sobre os servidores do DAEMO na Câmara de Olímpia

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VOZES SILENCIADAS?
Confronto sobre liberdade de expressão e direitos dos servidores domina a Câmara de Olímpia. Em entrevista, Jesus Buzzo detalha o embate sobre redução salarial sob a gestão do prefeito Fernando Cunha e a luta pela voz dos servidores. VEJA O VÍDEO.

Em meio a um debate acalorado sobre os direitos dos servidores do extinto Departamento de Água e Esgoto Municipal (DAEMO) de Olímpia, Jesus Buzzo, presidente do Sindicato dos Servidores do Município, levou suas preocupações para a Câmara Municipal na quarta-feira, 14 de fevereiro. A sessão, que prometia ser um espaço para diálogo e resolução, rapidamente se transformou em um campo de batalha sobre a liberdade de expressão, com Buzzo no centro das atenções.

No dia seguinte, Buzzo contou detalhes ao ser ouvido no podcast “Pod Pai e Filha”, pela rádio Cidade, YouTube e Facebook, onde descreveu em detalhes a resistência que enfrentou ao tentar discutir a situação dos servidores. “Fui censurado a todo instante”, lamentou Buzzo, refletindo sobre os esforços para silenciar sua voz. “Não apenas desrespeitam a minha liberdade de falar, mas também ignoram o desespero dos nossos servidores.”

ATO UNILATERAL, DITATORIAL

A controvérsia central gira em torno da decisão do prefeito Fernando Cunha de colocar servidores do DAEMO em disponibilidade, acompanhada por cortes salariais drásticos. Buzzo criticou veementemente essa medida, descrevendo-a como “um ato unilateral que joga nossos servidores em uma incerteza financeira sem precedentes”. Ele enfatizou que “isso não é apenas sobre números. É sobre vidas, famílias que dependem desses salários para sobreviver.”

Durante a entrevista, Buzzo argumentou que a administração municipal falhou em fornecer um diálogo aberto ou qualquer forma de negociação antes de implementar tais mudanças radicais. “Onde está o diálogo? Onde está a consideração pelo bem-estar dos nossos servidores?”, questionou ele, apontando para uma lacuna de comunicação entre o sindicato e a prefeitura.

CORTES É APENAS A PONTA DO ICEBERG

A questão dos cortes salariais é apenas a ponta do iceberg. Buzzo expressou preocupações mais amplas com a gestão municipal, acusando-a de adotar “uma postura autoritária, que não só ameaça a estabilidade dos nossos servidores mas também a própria essência da nossa democracia local.”

O presidente do sindicato não poupou críticas à atitude da Câmara Municipal durante a sessão, descrevendo-a como um “verdadeiro ato de censura”. “Eles tentaram me silenciar, mas esqueceram que a verdade sempre encontra um caminho”, afirmou ele, ressaltando a importância da resistência contra o que vê como abusos de poder.

ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO

Buzzo também fez um apelo emocionado à comunidade de Olímpia, pedindo solidariedade e apoio na luta pelos direitos dos servidores. “Estamos todos no mesmo barco. Quando um de nós é silenciado, todos somos afetados. Não podemos permitir que nossa cidade se torne um lugar onde o medo de represálias nos impeça de lutar pelo que é justo.”

A entrevista no “Pod Pai e Filha” não foi apenas uma oportunidade para Buzzo compartilhar sua experiência de censura, mas também serviu como um chamado à ação. “É hora de nos unirmos, de levantarmos nossas vozes contra a injustiça. Não vamos permitir que a história nos lembre como aqueles que se calaram diante da tirania.”

Enquanto Olímpia se depara com esses desafios, a história de Buzzo e dos servidores do DAEMO serve como um lembrete poderoso da importância da transparência, do respeito mútuo e da necessidade de políticas que verdadeiramente servem ao interesse público.

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