02 de novembro | 2015

Boca Nervosa faz samba apoiando “chega de luxo” da rádio Jovem Pan

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O sambista olimpense Boca Nervosa (foto) compôs um samba para dar apoio e abri­lhan­tar campanha “Chega de luxo”, um quadro do programa Rádioatividade que é exibido diariamente às 17 horas, pela rádio Jovem Pan AM. Trata-se de uma campanha que tece severas críticas aos altos valores gastos pelos políticos que comandam os dois poderes da União, principalmente, que vão de despesas com lanches a até aquisição de carros de luxo, como no caso do Congresso Nacional.

O programa é apresentado pelos jornalistas Madeleine Lacsko e Tiago Uberreich. “Já que estão mandando a gente apertar os cintos, o Radioatividade decidiu colaborar. E a gente espera que você queira ajudar também neste momento tão delicado. Estamos lançando a campanha #ChegaDeLuxo”.

“Toda a nossa equipe está empenhada em buscar os gastos que o governo não precisaria fazer por um motivo simples: é puro luxo e nós não temos de pagar isso com dinheiro público em época de apertar os cintos”, cita mensagem postada no Facebook do programa.

“Nossa proposta não é nem entrar na esfera de direitos adquiridos, estrutura de cargos e salários ou eficiência administrativa, é algo bem simples, identificar o que pode ser legal, mas é imoral pagar com dinheiro público”.

Segundo a postagem do programa, “o Senado quer comprar carros oficiais de R$ 59.000,00 para os senadores. A Assembleia Legislativa de São Paulo quase caiu na tentação dos carrões oficiais para os deputados, que custariam R$ 82.000,00, mas a compra foi cancelada, graças aos nossos esforços… E por aí vai”. “A Receita Federal, em vez de leiloar ou doar para instituição pública um Audi A5 apreendido, deu para ser carro oficial do Tribunal de Justiça de São Paulo. Importante notar que nada disso foi feito de forma ilegal, não é esse o questionamento”, acrescenta.

“A nossa pergunta é: precisa? Precisa mesmo dar carro oficial com motorista para todos os parlamentares e desembargadores do Brasil? O problema não se origina nesses órgãos específicos e não se resume aos tomadores de decisão com autoridade no momento. É crônico, é histórico e nós precisamos enfrentar. Por que nós achamos natural pagar luxo com dinheiro público? Não é normal, não é decente, não é ético, é imoral. Juntos, precisamos virar esse jogo”.

Em todas as instâncias de governo – Federal, Estadual, Municipal, Distrital – e em todos os Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário, segundo a direção da campanha, “nós nos acostumamos com o fato de que o luxo e conforto sejam pagos com dinheiro público. Se é hora de apertar os cintos, é mais do que tempo de repensar essa maneira de enxergar o status das autoridades públicas”.

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