07 de agosto | 2016

Batalhão de Bacamarteiros ficará de fora do Fefol pela primeira vez

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Da redação e assessoria

Embora tenham tentando passar para a população uma ideia contrária, o fato é que está ficando cada vez mais claro que a intenção é mesmo de acabar com o Festival Nacional do Folclore (Fefol), nos moldes idealizado e criado pelo professor José Sant’anna, ainda no século XX, em meados da década de 60. É a essa conclusão que se pode chegar a partir da ausência do Batalhão de Bacamarteiros, de Carmópolis, Estado de Sergipe, pela primeira vez.

Mesmo assim e, aparentemente tentando não dar muitas informações a esse respeito, a informação divulgada pela comissão organizadora é que apesar do cenário de redução de verbas destinadas a eventos culturais por conta da atual situação econômica do País, o festival ainda sobrevive.

Há aproximadamente 16 anos que o evento, que deveria celebrar e manter viva a cultura popular, não tem recebido a atenção que era desejada pelo seu criador enquanto este ainda convivia em nosso meio.

Mas segundo consta, o festival chega à sua 52ª edição com a participação inédita de nove grupos, folclóricos e parafolclóricos, estes crescendo cada vez mais em número e diminuindo proporcionalmente em qualidade.

A grande festa gratuita, que conta com participação de representantes de diferentes gerações vindas de todos os cantos do Brasil, ocorre este ano de 6 a 14 de agosto, no Recinto de Exposições e Praça de Atividades Folclóricas Professor José Sant’Anna, com sérios desfalques, principalmente de grupos folclóricos.

Segundo a comissão, o evento reunirá 44 grupos de 13 Estados, incluindo São Paulo. Olímpia será representada por 21 grupos, sendo três parafolclóricos e 18 folclóricos. Entre os que participam do Fefol pela primeira vez está o Baile de Caixa, de São Luís – MA, que trará manifestações como cacuriá e bumba meu boi, em seus vários sotaques de orquestra, matracas e zabumba.

Essa também será a primeira vez que o grupo Xaxado Parnamirim, de Parnamirim – PA, vem a Olímpia. Eles vão apresentar o xaxado, dança pernambucana que se expandiu pelo Nordeste por meio dos cangaceiros.

Neste ano, o Fefol vai homenagear o estado do Espírito Santo.

Inéditos no Fefol

Grupo Guarará (Belo Horizonte – MG), Grupo Catira Botas de Ouro (Osasco – SP), Congo da Serra (Serra – ES), Xaxado Parnamirim (Par­namirim – PA), Terras Potiguares (Passa e Fica – RN), Reisado Zé de Moura (Poço José de Moura – PB), GEC Retumbá (Paraupebas – PA), Baile de Caixa (São Luís – MA), Grupo Reis de Bois (São Mateus – ES).

Comissão espera 70 mil nos 8 dias do 52.º Fefol

Da redação e assessoria

Segundo uma avaliação inicial do presidente da Comissão Organizadora, Flávio Augusto da Silva Santos, está sendo esperado um público de aproximadamente 70 mil pessoas durante a realização do 52.º Festival Nacional do Folclore (Fefol), nos oito dias do evento que começa na noite deste sábado, dia 6, no Recinto de Exposições e Praça das Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna, na zona sudeste de Olímpia.

A abertura oficial do evento, cujo horário não foi divulgado pela assessoria, contará com mais de 200 crianças da rede municipal de ensino. Além disso, essa será a primeira vez que Olímpia receberá refugiados por meio da ADUS – Instituto de Reintegração do Refugiado Brasil.

Além das apresentações diárias dos grupos, o Fefol tem como atração quitutes tradicionais da culinária caipira, gincana de brinquedos e minifestival. A novidade do cardápio gastronômico é o Boto Cor de Rosa, da barraca Lendas Folclóricas, no espaço Vila Brasil. O prato é feito com camarão e tapioca.

Na barraca, será vendida também a Mula Sem Cabeça (arroz com quiabo, açafrão e suã), Saci Pererê (carne seca, feijão preto, abóbora e couve refogada) e o Lobisomem (arroz com macarrão cabelo de anjo, cupim marinado na cerveja e batata assada com ervas finas).

De segunda-feira, será realizada a Gincana de Brinquedos Tradicionais Infantis. E o minifestival com apresentações dos projetos escolares municipais em integração com os grupos participantes do Fefol. Terá atividade no Museu de História e Folclore Maria Olímpia. No domingo, 14, o encerramento da festa, com o tradicional desfile.

Apesar de não divulgar o orçamento do Fefol, Santos afirma que “o festival caminha dentro do planejado e das possibilidades financeiras”. O evento sem fins lucrativos é bancado pela venda de espaços comerciais no recinto e o apoio da Prefeitura e de verbas do ProAC-ICMS.

É de responsabilidade da organização do evento bancar a alimentação durante toda a estada do grupo na cidade, além de hospedagem nas escolas municipais.

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