O que estava previsto para acontecer a muito tempo, até mesmo em razão das reclamações e alertas que os próprios presos vinham fazendo às autoridades, inclusive do Poder do Judiciário, além de membros da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acabou acontecendo. Na noite do sábado, dia cinco, para domingo, dia seis, quando 22 detentos renderam o único carcereiro que fazia a guarda do local e fugiram da cadeia pública da cidade de Severínia, provavelmente, todos da mesma cela.

A fuga em massa aconteceu durante a noite e foi resultado de um plano bem arquitetado pelos presos. Um dos detentos fingiu estar passando mal e solicitou socorro ao carcereiro, mas quando este foi prestar o socorro, acabou rendido pelos presos que estavam armados com estiletes.

As grades das celas haviam sido serradas previamente, assim a fuga foi rápida. Os detentos pegaram as chaves e abriram os outros três xadrezes, mas 21 deles não quiseram fugir. Eles saíram pela porta da frente da cadeia, que foi arrombada e teve os vidros quebrados. Até a manhã de segunda-feira, dia 7, cerca de 10 dos fugitivos haviam sido recapturados, segundo informações da própria polícia.

A cadeia de Severínia tem capacidade para 16 detentos, mas no momento da fuga, 43 pessoas estavam encarceradas no local. A segurança no local é precária e apenas um policial civil, na função de carcereiro, fica responsável por cuidar da segurança dos presos e da delegacia que funciona junto à cadeia.