20 de dezembro | 2010
Artista plástico comunica MPT que está sendo ameaçado em Olímpia
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O artista plástico e colaborador desta Folha, Willian Antônio Zanolli, informou ao Ministério Público do Trabalho (MPT), da 15.ª Região, Procuradoria de São José do Rio Preto, que está se sentindo ameaçado em Olímpia, depois que a representação contra as Frentes de Trabalho foi tornada pública. A preocupação é com possíveis atos de violência aos quais possa ser exposto, caso realmente se confirme o fim do Programa Frentes de Trabalho.Ao promotor Tadeu Henrique Lopes da Cunha, ele relatou fatos envolvendo jornalistas e veículos de comunicação que teriam ligação estreita com o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho. Até mesmo um boletim de ocorrência policial, de preservação de direitos, Zanolli registrou na tarde desta sexta-feira, dia 17, na Delegacia de Polícia.
Tudo teria começado, segundo ele, depois que foi divulgado através da mídia, que o promotor Elisson Miessa dos Santos proporia à Prefeitura um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), em função das contratações das Frentes de Trabalho.
Willian Zanolli relata que “notou que a matéria em alguns jornais ligados ao prefeito municipal de Olímpia, teve tratamento jornalístico parcial, nada condizente com o que deve ser exigido no tocante relacionado ao jornalismo”.
De acordo com ele, enquanto o Diário da Região anunciava que “Promotor quer adequar frentes de trabalho” e esta Folha anunciava “MPT quer adequação das frentes de trabalho em Olímpia”, um órgão de imprensa ligado ao prefeito optou pela manchete “ação pede o “fim” da Frente de Trabalho e município poderá demitir 149 pessoas”. Esse mesmo jornal ainda colocou como subtexto “Representação do artista plástico Willian A. Zanolli, alegando falta de qualificação e desvio de função”, poderá gerar desemprego em massa e prejudicar mais de 600 pessoas, diz prefeito.
Também foram citados outros trechos publicados na Internet como: “Frentes de Trabalho pode demitir 149 pessoas este mês por causa de ação judicial de Willian A. Zanolli”; “Demissões da Frente de Trabalho poderão ser evitadas com acordo entre MPT e Prefeitura”; “Willian A. Zanolli convence MPT da “adequação” da Frente de Trabalho: de 149, só ficarão 60, e contrato reduziu de 12 para só seis meses”; ainda “Diário da Região repercute o fim da frente de trabalho em Olímpia em 2011: Enterrada”.
Segundo o relato do autor da representação, no bojo das diversas matérias é notório o desejo de incitar os envolvidos na Frente de Trabalho contra “este cidadão” (sic), que representou ao MPT, “com o sentido de ver normalizada uma situação que vislumbrava como irregular”.
Ainda segundo a comunicação, “a matéria “Frente de trabalho pode demitir 149 pessoas este mês por causa de ação judicial de Willian Zanolli”, informa que “Está difícil mas não é impossível, disse uma fonte palaciana. Neste momento, todo cuidado é pouco. Afinal, está envolvido um governo que até o momento, em dois anos de atuação, não teve uma denúncia concretizada na Justiça, e pessoas de bem não entenderão bem o que aconteceu … (e aconselha) … Talvez juntar todo mundo ir na cada dele, no trabalho, perguntar o que está acontecendo … pelo que sei, é candidato frustrado a vereador que se mete a destruir a vida das pessoas”.
Ao final Zanolli assinalou: “preocupado com o que possa vir acontecer, caso se confirme as demissões, e amplie-se o terror palaciano, informa a este Ministério Público que será da inteira responsabilidade do Sr. Prefeito Municipal, Eugênio José Zuliani, e do jornalista, Leonardo Concon, todo e qualquer ato violento, agressão, retaliação, cometidos contra este cidadão, por estarem insuflando as pessoas através de inverdades”.
Segundo informou no início da noite de ontem, Willian Zanolli registrou boletim de ocorrência apenas contra o jornalista Leonardo Concon, que teria induzido os componentes das Frentes de Trabalho a irem à casa dele cobrar explicações.
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