13 de fevereiro | 2012

Aposentado tem mal súbito em Ribeiro e sem ambulância morre a caminho da Santa Casa

Compartilhe:

Normal
0

21

false
false
false

PT-BR
X-NONE
X-NONE

MicrosoftInternetExplorer4

/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:”Tabela normal”;
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:””;
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:”Calibri”,”sans-serif”;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:”Times New Roman”;
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:”Times New Roman”;
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}

Depois de sofrer um mal súbito no início da manhã da
segunda-feira desta semana, dia 13, por volta das seis horas, o aposentado José
Faverão, de 64 anos de idade, morador no distrito de Ribeiro dos Santos, vilarejo
localizado na região norte do município de Olímpia, acabou falecendo a caminho
da Santa Casa de Olímpia.

Sem a possibilidade de ter uma ambulância para ser
transportado, depois de algum tempo de espera foi trazido apertado no banco de
trás de um veículo Gol dirigido pelo filho. Segundo uma vizinha da família em
Ribeiro, de nome Roselaine, que ligou na rádio Menina AM, por volta das 10
horas, a ambulância que fica no distrito estava em Olímpia.

Roselaine ligou na rádio Menina dizendo que a filha de José
Faverão pediu que corresse atrás de uma ambulância porque o pai estava passando
mal, mas embora insistindo que a situação era grave, ela não obteve êxito.

“Chegamos aqui no postinho era umas seis horas da manhã e já
estava aberto. A ambulância não tava aqui. Estava em Olímpia. Seis horas da
manhã do dia 13, segunda-feira. Entrei em contato com o “ambulanceiro” de
Ribeiro e só deu caixa postal, pois estava na estrada. Entrei em contato com o
“ambulanceiro” de Olímpia, o telefonista falou que não tinha como vir. Ai
falaram que iam mandar o resgate e o resgate não veio. Ai não podia deixar o homem
morrer sem socorro. Então ele foi colocado num carro apertado. Quando chegou na
Santa Casa ele já estava morto”, contou.

Também de acordo com ela, na Unidade Básica de Saúde (UBS),
também chamada de postinho, não havia ninguém que pudesse pelo menos prestar um
primeiro socorro no sentido de manter vivo o aposentado. “Só estava a
atendente. Não tinha mais ninguém”, enfatizou.

Segundo o relato de Roselaine, o homem Levantou para fazer
um café e caiu. “Mas ele estava vivo. Estava respirando. O carro era muito
apertado e ele é muito gordo, não teve como. Foi por falta de socorro mesmo. O
resgate falou que vinha e não veio. É uma pouca vergonha. Ribeiro não tem
condição. Não tem uma ambulância. Não tem uma viatura. Aqui quando ta morrendo
uma pessoa, liga, nem polícia vem. Tem que ter pelo menos duas ambulâncias e
uma viatura da polícia aqui. Enquanto uma ta trabalhando, outra tem que ficar
de plantão”, acrescentou.

Roselaine contou que se o resgate do Corpo de Bombeiros
tivesse sido acionado conforme foi anunciado pelo atendente da Secretaria de
Saúde em Olímpia, o homem não teria morrido. “O cara (filho) saiu daqui foi
6h30 da manhã. Nós esperando a ambulância, resgate, num vinha ninguém. Ele teve
um mal súbito às 6 horas da manhã e 6h30 ele estava vivo ainda”, lamentou.

“Nós fizemos massagem no peito dele ainda. Ele estava vivo. Um
gol apertado com três pessoas para dar socorro. Um filho, a filha e ele. Aqui
as enfermeiras só chegam as 7 horas. 7h30 elas chegam no posto. Só fica a
atendente pra marcar consulta pra médica às 9 horas da manhã, às vezes até 10
horas. Aqui está uma pouca vergonha.  Eu
vi com os meus próprios olhos. Um homem bom, trabalhador. Agora deixar morrer
por falta de socorro. Como fica a família agora”, questionou.

Toda essa situação foi confirmada por Gilberto Aparecido
Teixeira Faverão, filho de José Faverão, em entrevista que concedeu à esta
Folha. “Ele estava sentado lá fora, na cozinha, fazendo café. Eu entrei pra
dentro de casa e quando voltei ele já estava passando mal. Ele me chamou,
estava sentado no chão. Eu deitei ele e aí ele apagou. Não mexeu mais nada. Era
5h30 da manhã”, contou.

De
acordo com ele, a vizinha chamou a ambulância, mas não obteve êxito. “Mas, como
a ambulância não chegava eu coloquei ele no carro e levei lá em Olímpia. Ele
chegou lá falecido já. Ele faleceu no caminho. Se tivesse ambulância teria sido
diferente. No carro ele foi encolhido”, reclamou. “Meu pai tinha 64 anos e
estava bem, não tinha nenhum problema”, acrescentou. José Faverão deixou a mulher
e três filhos.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas