22 de junho | 2020

Após fim de semana de farra do boi, comerciantes abrem após almoço com drive thru por orientação da prefeitura

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APÓS CONFUSÃO TUDO VOLTOU AO ESTADO ANTERIOR!


Segundo publicação feita em seu Facebook, por volta de 14 horas da segunda-feira, 22, a prefeitura local orientou os comerciantes de Olímpia de que estes estão, segundo orientação do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, autorizados a trabalhar no sistema drive thru, ou seja, de entrega das mercadorias vendidas por telefone ou pelas redes sociais por aberturas em seus estabelecimentos.

No final de semana, entretanto, uma verdadeira baderna foi verificada, quando já estava em vigor a fase 1, vermelha, ou o retorno ao fechamento total por causa da pandemia em Olímpia, com um grande número de igrejas funcionando com dezenas de pessoas, bares e restaurantes com mesas cheias de gente, enfim, com vários lugares da cidade com as pessoas, tanto população como empresários agindo como se tudo tivesse voltado ao normal.

Um verdadeiro atestado mortal de que a cidade está impregnada de pessoas que não conseguem ver um palmo além do nariz e se conscientizar que o novo coronavírus já matou uma população de Olímpia inteirinha, pois o número de mortes no Brasil já está ultrapassando o número de habitantes da cidade foi o que se viu.

Entretanto, logo depois do almoço do mesmo dia, um grande número de lojas abriu suas portas colocando um balcão na frente, mas voltando ao sistema de atendimento anterior, mas que se mostrou eficiente para a continuidade do comércio local.

Esta medida, inclusive, foi defendida durante várias vezes pelos âncoras do programa Cidade em Destaque, Bruna Arantes Savegnago e José Antônio Arantes, principalmente depois que Olímpia regrediu para a fase vermelha.

O jornalista chegou a dizer que o prefeito poderia ter colocado no seu mandado de segurança que foi negado pelo TJ, como pedido alternativo, a volta para o estagio anterior, ao invés da fase vermelha.

Mas, estranhamente, no período da manhã, eram poucas as lojas que abriram suas portas, deixando para fazer isso no período da tarde, quando várias começaram a atender pelo sistema que funcionou após a primeira flexibilização do município.

Durante o programa Cidade em Destaque da segunda-feira, 22 chegaram a redação do jornal e no WhatsApp e Facebook da Rádio Cidade informações de que alguns comerciantes estavam se mancomunando para abrir de forma geral e sem se preocupar com preceito principal do decreto que é evitar a aglomeração de pessoas.

Teve empresários de um grupinho de Whats, possivelmente radicais de ultradireita e que querem manter sua ganância a qualquer custo, inclusive não se importando com quantos possam morrer (principalmente pobres), que chegaram a ameaçar os veículos de comunicação que o jornalista dirige.

Arantes, no entanto, afirmou com todas as letras que já enfrentou ditadores e pessoas de baixo nível que caíram de paraquedas na cidade em que nasceu por muito tempo e que não tinha medo de ameaças de pessoas deste tipo, além de explicitar que manteria a posição de que aos que infringirem as normas impostas para o isolamento, o jornalista, advogado e cidadão se sentia no dever de denunciar através do meio de comunicação que dispõe e dependendo da gravidade da situação, às autoridades responsáveis pelo cumprimento da lei.

O QUE DISSE O SECRETÁRIO

A prefeitura, por volta das 12 horas publicou o seguinte texto em sua página no “Facebook” para anunciar o vídeo do secretário Estadual: “Diante dos questionamentos sobre o funcionamento das atividades não essenciais, o município informa que, seguindo as recomendações do Governo do Estado, o atendimento presencial no interior dos estabelecimentos deve ser suspenso, no entanto, o comércio pode funcionar para a entrega de produtos, conforme os esclarecimentos e orientações passadas pelo próprio secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi”.

Vinholi, pelo que se entende do vídeo, foi questionado pela TV Tem de São José do Rio Preto, que tinha marcado para vir na cidade na manhã de segunda-feira, mas teria recebido ameaças de empresários, possivelmente ligados a um vereador e tidos como negacionistas de ultradireita, explicou:

“O comércio deve funcionar somente com portas fechadas, naquele modelo não essencial. Então, fora alimentação, abastecimento e saúde, todos outros comércios devem funcionar de portas fechadas. O conceito é que não haja atendimento presencial, então se tiver lá uma meia porta para atendimento presencial, não pode; se tiver uma janela, uma meia porta para aquele produto, aí sim é permitido. Quando existem irregularidades feitas nos municípios, nós notificamos aquele empreendimento se ele estiver descumprindo a regra estadual e se for a prefeitura que está descumprindo através de decreto municipal também notificamos, podendo entrar com as medidas jurídicas aqui e também, evidentemente, orientamos os prefeitos para que possam acertar seguindo no modelo de quarentena aqui no estado de São Paulo.”

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