26 de junho | 2008

Advogado de Guaraci condenado a mais de 3 anos por invasão do Bradesco

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O advogado e agricultor Jovino Vieira Pontes Neto, foi condenado a três anos, três meses e 22 dias de reclusão, e ainda, ao pagamento de 10 dias multa fixados no valor de um salário mínimo, por ter invadido a agência do Bradesco de Guaraci e manter em cárcere privado, o gerente Edno Antonio Apolinário, por aproximadamente sete horas.

A sentença foi prolatada no dia 26 de maio de 2008, pelo juiz da 3.ª vara de Olímpia, Hélio Benedine Ravagnani. Entretanto, por ausência do pressuposto de prisão preventiva, foi concedido direito de recorrer em liberdade.

Consta da sentença, que ele foi condenado a 2 anos de reclusão, regime inicial semi-aberto, e ao pagamento de 10 dias-multa, fixados unitariamente em 01 (um) salário mínimo, por incurso no art. 14, “caput”, da Lei n° 10.836/03; um ano de reclusão, regime inicial semi-aberto, por incurso no art. 148, do Código Penal; três meses de detenção, regime inicial aberto, por incurso no art. 129, do Código Penal; sete dias de detenção, regime inicial aberto, por incurso no art. 345, do Código Penal e; 15 dias de prisão simples, em regime aberto, por incurso no art. 19, do Decreto-lei n° 3.688/41.

Para invadir a agência, onde seqüestrou o gerente exigindo a quantia de R$ 150 mil, Pontes portava duas armas de fogo de uso permitido, sendo um revólver calibre 22 da marca “Smith Wesson”, municiado com seis cartuchos e um revólver calibre 22, da marca “Taurus”, também municiado com seis cartuchos. Além disso, carregava uma faca e um fuzil para amolar a mesma.

Consta que o fazendeiro e advogado teria pendência financeira com o Bradesco, no total de três ações que, inclusive, já teriam transitado em julgado e que também já havia tentado um acordo em São Paulo.

A situação psicológica de Jovino, segundo ele mesmo contou, na ocasião, teria sido agravada quando chegou da capital, onde fez mais uma tentativa de acordo com o banco, e encontrou a esposa hospitalizada e a filha que trabalhava na mesma agência bancária, desempregada.

Ainda, segundo ele relatou à imprensa logo após sua rendição, quando a filha recebeu a informação da demissão do emprego teria sido informada que ela sabia porque a situação estaria ocorrendo.

Jovino, neste caso, fez menção que a demissão teria acontecido justamente por causa das ações de cobrança na justiça. Ele justificou que adotou a atitude para chamar a atenção sobre a maneira como os bancos têm tratado os seus clientes. Segundo ele, ainda houve falsificação de assinatura na documentação bancária que teria originado sua dívida com o banco.

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