09 de julho | 2017
Acusados culpam um ao outro pelo assassinato de Eunice Delamodarme
Nem o Aparecido Borges Santana, de 39 anos, vulgo “Cido Baiano”, morador na rua Silva Jardim, no São Benedito e nem a aposentada Sueli Aparecida Malvestio Baú, de 54 anos, moradora no jardim Santa Fé, admitiram que tinham intenção de matar a dona de casa Eunice Alves Claudino Delomodarme, de 56 anos, moradora na rua Rubens Pereira, no CDHU II.
“Cido Baiano”, na quinta-feira, em depoimento na DIG-Delegacia de Investigação Geral de Barretos, Antonio Augusto Torres de Miranda, em novo depoimento, o acusado admitiu estar envolvido no desaparecimento da dona de casa, mas afirmou que tudo foi planejado e executado pela aposentada que faz faxina em sua casa, Sueli Malvestio Baú. Afirmou que ele pretendia apenas assustar Eunice, que estava atrapalhando o seu casamento.
Já a aposentada Sueli, presa temporariamente ontem pela manhã, admitiu que estava no carro junto com Cido e Eunice, quando foram para Minas Gerais, mas afirma que não sabia o destino e nem que Cido pretendia matá-la. Contou que tudo foi planejado e executado por Cido.
Já no primeiro depoimento prestado na delegacia de polícia de Olímpia, na terça-feira, dia 4, quando “Cido Baiano” se apresentou, ele negou ter tido qualquer envolvimento com o desaparecimento de Eunice. Apenas admitiu que ela estava atrapalhando o seu casamento. Apresentou como álibi, que na tarde do dia 20 de junho permaneceu das 16 às 22 horas na casa de sua amiga Sueli Malvestio, no jardim Santa Fé. Por sua vez, ouvida como testemunha, Sueli confirmou na polícia que Baiano esteve neste dia e período em sua casa.
No entanto, conforme apurado pelos investigadores do SIG de Olímpia e DIG de Barretos, comandados pelos delegados Débora Cristina Abdala Nóbrega e Antônio de Miranda, foram conseguidas provas que contradiziam as versões dos dois. A fundamental foi o “radar inteligente”, instalado na rodovia nas proximidades de Miguelópolis, ter detectado a passagem do carro de Cido, um Corsa, placas CZH 4942, de Olímpia, às 17h15, do dia 20 de junho. A princípio, os dois garantiram que o carro estava na frente da casa de Sueli, durante todo o tempo.
O dois acusados tiveram suas prisões decretadas por 30 dias, podendo ser prorrogadas por mais 30 ou ainda decretadas as preventivas. Cido está encarcerado em Barretos e Sueli na cadeia feminina de Viradouro.
SEPULTAMENTO SEXTA-FEIRA
Ontem pela manhã foi feito o reconhecimento formal no IML-Instituto Médico Legal de Araxá/MG, com as presenças dos delegado Antônio Torres de Miranda, delegada Débora Nobrega e do familiar Antônio Delomodarme. Uma aliança datada de 1985, data do casamento dela, contribuiu com o reconhecimento.
O corpo de Eunice, de acordo com a polícia, foi encontrado na quarta-feira, às margens da rodovia que liga o distrito Ponte Nova e Uberaba, em adiantado estado de decomposição.
O traslado para Olímpia aconteceu ontem e o sepultamento aconteceu no cemitério São José, por volta das 18 horas.
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