26 de maio | 2011

Acusado de tentar matar inocentado depois de quase 8 meses preso

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O julgamento realizado na quarta-feira desta semana, dia 25, no fórum de Olímpia, acabou num resultado considerado inédito, pelo menos pelas informações históricas das decisões do tribunal do júri local mais recentes. Edval José Finotti, que estava preso há aproximadamente oito meses, foi julgado e considerado inocente do crime do qual era acusado.

Finotti, que estava encarcerado na cadeia pública de Barretos desde que o delegado seccional João Ozinsk Júnior determinou a transferência de presos que estavam encarcerados na cadeia de Severínia, recentemente. O réu foi colocado em liberdade logo após a pronúncia da sentença.

Ele estava acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificado, depois, durante uma possível discussão, de tentar matar sua amásia, Roseli Batista da Silva, a golpes de faca. O casal residia em Severínia quando o caso aconteceu.

No julgamento presidido pelo juiz da 3.ª vara local, Hélio Benedine Ravagnani, o corpo de jurados até reconheceu a materialidade do fato, ou seja, que houve o ferimento na mulher, mas negou a autoria de tentativa de homicídio, entendendo que ela teria tentado suicídio.

De acordo com o que a reportagem apurou, o advogado Galib Jorge Tannuri, que atuou na defesa, conseguiu provar que, ao contrário da tentativa de homicídio, a vítima que teria tentado se matar, embora tivesse comparecido ao julgamento reafirmando que teria sido vitima de Finotti.

Quer dizer, segundo o advogado, o ferimento verificado na vítima, à época, teria sido causado quando o acusado tentava evitar que Roseli se ferisse inclusive de morte. Consta que ela mordia o seu braço enquanto isso.

Porém, o Ministério Público, no julgamento representado pelo promotor Marcos Antônio Lelis Moreira, o denunciou com base no entendimento da perícia e das próprias palavras da vítima à época do crime. Mas, segundo relata o advogado, vizinhos que testemunharam o desejo do acusado no dia do fato, também teriam ajudado na prova da inocência.

Durante uma entrevista que concedeu ao repórter da Folha da Região e radialista Walter Carucce, logo em seguida ao fato, ele saiu do local gritando aos vizinhos que a socorressem porque ela tentava se matar.

O CASO

Como se recorda, conforme foi divulgado à época dos fatos, Edval José Finotti, então com 54 anos, nascido em Olímpia, mas que residia na avenida Capitão Joaquim de Souza, 251, Cohab II, em Severínia, pelo menos, estaria em um bar daquela cidade e teria recebido um telefonema de Roseli Batista da Silva, também olimpiense, que tinha 44 anos, à época, chamando-o para conversar.

Mas ao chegar na residência a comunicou que desejava encerrar o relacionamento que havia entre ambos, situação que teria gerado o desentendimento do casal.

O encontro entre os dois ocorreu na tarde do dia 26 de setembro de 2010, por volta das 16h50, na residência de Roseli, localizada à rua Joaquim Afonso, 210, CDHU, em Severínia.

Segundo apurado inicialmente, armado com uma faca, Edval teria desferido vários golpes contra a amásia. Chegou a ser divulgado que ela conseguiu fugir dele pulando o muro dos fundos de sua residência, quando foi amparada por populares. Em seguida foi socorrida em estado grave até ao pronto socorro da cidade.

Foi divulgado também que Edval foi detido durante patrulhamento e apresentando, junto com a faca, na delegacia da cidade, onde o delegado César Aparecido Martins, o autuou em flagrante. Por isso foi encarcerado numa das celas da cadeia da cidade.

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