LEGISLATIVO APAZIGUADO!
Sargento Barrera, Hélio Lisse Jr, Rodrigo Ruis e Lorão compõem a nova mesa da Câmara.
Segundo se comenta nos bastidores, um “acordão” teria sido alinhavado pelo prefeito para evitar as situações desastrosas que ocorreram em 2022. O vice deve ter mais poder na nova mesa.

José Antônio Arantes – Depois de um ano de muita polêmica em razão das atitudes do presidente que sai, “Zé Kokão”, com muitas acusações por parte dos vereadores Tarcísio de Aguiar e Hélio Lisse Júnior sobre uma reforma que teria sido cheia de irregularidades e, também, de ter tornado o Legislativo num grande cabide de empregos, claro, além da cassação orquestrada da vereadora Alessandra Bueno, ao que parece, o clima em 2023 poderá ser de calmaria.

A eleição por aclamação (não houve chapa concorrente) do vereador Sargento Barreira, tendo como vice Hélio Lisse Júnior, sinaliza que tenha sido feito um acordo com aqueles que atuaram na faixa discordante durante o ano que se finda.

Não há como se desatrelar, principalmente numa cidade pequena, que o prefeito (poder executivo) tenha influência no Legislativo, em razão da própria legislação que impõe um sistema que torna isso necessário, senão pode ficar refém dos vereadores, ou mesmo ser cassado por qualquer coisa sem fundamento legal, apenas moral ou até imaginário, sem necessidade de comprovação.

KOKÃO NÃO
CONSEGUIU APAZIGUAR

Se no ano passado, o primeiro desta legislatura, não ocorreu nenhum entrevero mais grave, neste ano de 2022 a situação pegou fogo e o presidente “Kokão” não conseguiu apaziguar.

Primeiro com a atuação da vereadora Alessandra Bueno começando a enxurrada de denúncias sobre a reforma do prédio da Câmara que, inclusive, não se concretizou, já que a empresa ganhadora da licitação abandonou a obra, deixando o saldo negativo, além de vários problemas de execução, o de não ter se preocupado com a acústica do plenário (o que prejudicaria a gravação das sessões).

Depois da cassação da vereadora e a volta do também sargento (mas do exército) Tarcísio para a Câmara a situação começou a se agravar com bate-bocas e acusações constantes em plenário e a pendenga indo parar no TCE – Tribunal de Constas do Estado e até na promotoria local.

ATUAÇÃO DE BASTIDORES
PARA APARAR ARESTAS

Para a eleição na nova mesa que vai dirigir um legislativo com orçamento de R$ 10 milhões para fazer mais três salas para os novos vereadores que deverão ser eleitos na próxima eleição (aprovaram sem dar muita divulgação ao fato, o aumento de 10 para 13), ao que tudo indica, houve uma atuação de bastidores para se aparar as arestas.

Sabe-se que Tarcísio e Lisse acabaram tendo um encontro com o prefeito e a situação teria sido contornada e composta a chapa de consenso. Márcio Iquegami, que também sonhava com a presidência do legislativo agora e disputar a próxima eleição para prefeito, teve que adiar seus sonhos. Com certeza, também entrou em acordo para não se candidatar.

LISSE SERÁ CONSULTOR
COM PODERES

Lisse Júnior, ao que se comenta nos bastidores da Câmara, teria recebido a incumbência de ser uma espécie de consultor com poderes do presidente Barrera para acabar com o chamado “cabidão” de emprego e tentar terminar a obrada deixada para trás e iniciar a próxima pra abrigar nos novos vereadores a partir de 2025.

A homologação da nova mesa para o biênio 2023/24 aconteceu na noite da segunda-feira, 12.

A nova mesa ficou assim constituída: Sargento Barreira, presidente; Hélio Lisse Júnior, vice: Rodrigo Ruiz, primeiro secretário; e Héliton de Souza, o Lorão, segundo secretário, vão substitui a antiga mesa que tinha como presidente José Roberto Pimenta (Zé Kokão), Rodrigo Ruiz, na vice; Márcio Iquegami (1º secretário) e Sargento Barrera (2º secretário).

Da antiga chapa, Barrera saiu de segundo secretário para a presidência e Rodrigo Ruiz saiu da vice-presidência para ocupar a primeira secretaria.