10 de outubro | 2023

Até Minha Terapeuta Sente Falta de Você

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Coleção Mulheres Assassinas

Histórias de perversidade e crimes que ultrapassaram os limites da imaginação funcionam como o fio condutor da “Coleção Mulheres Assassinas”, lançamento da Matrix Editora que compila os três livros best-sellers do jornalista e biógrafo Ullisses Campbell sobre os homicídios cometidos por Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Flordelis. O box apresenta edições revisadas e ampliadas das obras, proporcionando aos leitores um mergulho ainda mais profundo na mente das assassinas mais famosas do Brasil. Conduzidas com sagacidade por Campbell, as histórias vão além dos homicídios em si, explorando as complexidades psicológicas, os antecedentes e as motivações por trás de cada ato criminoso. Entre os novos detalhes dos homicídios e informações recentes sobre a vida das três condenadas, dentro e fora da prisão estão, por exemplo, a tentativa de Elize de ganhar a vida como motorista de aplicativo. Flordelis querendo se casar dentro da cadeia e Suzane na faculdade, além do ateliê de costura que ela montou e a possível gestação do primeiro filho, também são abordados. A abordagem única do autor é uma marca registrada em suas obras. Não contente em reportar apenas os fatos óbvios, ele tece narrativas paralelas que enriquecem a compreensão sobre o contexto e as circunstâncias que levaram a esses crimes chocantes. O resultado é uma trilogia que mescla elementos de jornalismo investigativo e True Crime que se tornou fenômeno de vendas. Os três volumes do box são repletos de detalhes fascinantes e surpreendentes. Com mais de mil páginas e 221 fotos, muitas delas inéditas, a “Coleção Mulheres Assassinas” oferece uma jornada de introspecção nos abismos da mente humana, explora as motivações que levam alguém a cruzar a linha tênue entre a moralidade e o crime e fazem questionar a natureza obscura que pode residir em todos nós.

 

Tia Beth

Tia Beth, mãe sobrevivente da ditadura militar brasileira, é a personagem que dá nome ao romance do escritor e professor de Direitos Humanos, Leonardo de Moraes. Solitária e distante dos membros da família, ninguém fala que o único filho dela desapareceu durante o regime. Este silêncio atravessa gerações, até que ela decide contar sua história para um sobrinho-neto com objetivo de registrar as memórias da época em um livro. Assim, o jovem Leonardo conhece o contexto social, histórico e político do país a partir dos relatos de uma mulher que vivenciou os principais momentos do Brasil no último século. Ao mesmo tempo em que imerge no passado, esse contato auxilia o garoto a lidar com os próprios conflitos pessoais e a fortalecer elos familiares. Com uma narrativa fluida composta por capítulos curtos, que equilibram diálogos, reflexões internas, cartas íntimas e textos de diários, o autor expõe lutos, dores e traumas causados durante a ditadura. Ao abordar experiências pessoais, Beth explica como o conservadorismo e os preconceitos sociais afetaram suas escolhas. Entretanto, ela também percorre períodos marcantes para a população, como a Segunda Guerra Mundial; a criação de campos de concentração para imigrantes japoneses, italianos e alemães; a alienação política; a efervescência cultural dos anos 1960; e a resistência dos artistas contra o regime militar. Todas essas questões são narradas por meio da perspectiva de uma mulher de família rica, que não se percebia como politicamente engajada. Com 360 páginas, o livro é da Editora Insígnia Editorial.

 

Seja Quem Você Quiser

Se você pudesse moldar a sua personalidade? Escolheria ser: menos neurótico, mais autodisciplinado, mente aberta? Hoje, mais do que em qualquer época, a humanidade está ciente do poder da personalidade. Em termos psicológicos, embora o tipo inicial de temperamento seja moldado por uma combinação de influências genéticas e experiências primitivas, ele não é fixo, mas sim maleável e até voluntário. Isto é o que comprova a neurociência. Em “Seja Quem Você Quiser”, publicado pelo selo Latitude, o neurocientista cognitivo, Christian Jarrett, faz um convite para explorar as profundezas da personalidade humana e desbloquear mudanças positivas e significativas. Jarrett mergulha na intrigante questão: as pessoas podem realmente mudar? Com uma abordagem baseada em evidências cientificas e acessível, o livro oferece uma perspectiva ousada e explora como é possível usar as descobertas da neurociência para moldar intencionalmente o caráter. O autor expõe cinco traços de personalidade – extroversão, neuroticismo, conscienciosidade, simpatia, abertura a ideias e experiências –, com demonstrações das características principais de cada uma delas. Jarrett pauta-se em pesquisas variadas dentro do campo da neurociência, entrega a posição da ciência a respeito dos traços pessoais, o quanto eles são determinados pelos genes, a família de origem, os amigos na infância e adolescência, as experiências de estudo e trabalho, os acidentes, acontecimentos importantes, idade, relacionamentos, etc. Em contrapartida, o neurocientista atesta o quanto é possível mudar peculiaridades individuais, caso assim deseje, e propõe testes ao longo do texto para autoavaliação. O livro tem 320 páginas.

 

Até Minha Terapeuta Sente Falta de Você

Todo fim de relacionamento é uma ruptura e traz à tona sentimentos diversos, contraditórios, confusos – nós que se desembaraçam com o tempo e de acordo com o processo de cada um. Em “Até Minha Terapeuta Sente Falta de Você”, o leitor encontrará um compilado de 72 poemas escritos por Elisa Marques, todos com inspiração autobiográfica, explorando o término entre duas mulheres pelo ponto de vista da autora. A poesia aqui serve de válvula de escape, porto-seguro e solo fértil para impulsionar o renascer de si. Ao navegar pelos estágios de luto após rompimento, de forma não-linear, Elisa transborda em seus poemas sentimentos de tristeza, negação, raiva, barganha e aceitação pelo que viveu. Num ir e vir de emoções e questionamentos sobre o amor, a poesia conversará com o leitor, que poderá se identificar e encontrar, nos textos, compreensão e encorajamento. A escrita crua, profunda e potente, repleta de romantismo, poderá agradar aqueles que gostam de trabalhos como os de Emily Dickinson e Rupi Kaur. Este é o primeiro livro da escritora, que transforma em palavras o amor passageiro, por meio de versos curtos, particulares e de tom melancólico. “Com este livro, quero provar que escrever pouco também pode ser bonito”, diz Elisa. A autora também encontra inspiração nas obras dos brasileiros, Bruno Fontes, Lucão, Igor Pires e Chacal. Com 112 páginas, o livro é da Editora Negalilu.

 

 

 

 

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