A Polícia Militar de Olím­pia e a empresa pública Pro­dem (Progresso e Desen­vol­vimento Municipal), rejeitaram o ato de protesto por aumento de salários dos funcionários públicos municipais, que estava marcado para o final da tarde de terça-feira da próxima se­ma­na, dia 29, a partir das 17 horas, em frente ao gabinete do prefeito municipal de Olímpia. (Foto registra manifestação ocorrida no mesmo local em 2014.).

A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira, dia 24, pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia, Jesus Buzzo, em entrevista que concedeu a reportagem do jornal.

Sobre a Polícia Miliar ele explicou: “Alegaram que eles têm outro evento para a mesma data e para o mesmo horário. Então, eles não têm condição de dar suporte. E como a situação do país está meio explosiva ele falou que não se responsabilizaria pelo que pode a­con­tecer. Se vem outras pes­soas e querem fazer uso de bebida lá não tem como coibir”.

A respeito da negativa da Prodem, Buzzo disse que foi a mesma alegação: “A mesma coisa alegou a Pro­dem, que tem uma parceria com a Polícia Militar e diante de um não poder atender ela também não tem respaldo. Ela não tem um aparato também para garantir”.

Mas o presidente entende que houve um erro de estratégia e que primeiro deveriam pedir as autorizações e depois marcar a data. “A gente esperava eles definirem, não tem essa data tem outra data. Aí a gente falava e pronto. Nós fomos afoitos. Eu achei que não tinha esse impedimento”, comentou.

Mesmo assim, segundo Jesus Buzzo, a assembleia não está desmarcada, mas apenas será realizada no mesmo horário só que na Casa de Cultura Prefeito Álvaro Marreta Cassiano Ayusso. “Estou correndo para avisar todo mundo a respeito da alteração do local”, contou.

Como se recorda, numa assembleia concorrida que lotou as galerias da Câmara Municipal na noite do dia 15, os funcionários públicos municipais rechaçaram as contrapropostas do executivo e votaram nova contraproposta de 12,25% de reajuste salarial e auxílio assiduidade, além do auxílio alimentação em 11 parcelas incorporáveis em dezembro.

Para tanto, inclusive numa forma de protesto contra o que se pode considerar que o prefeito não estaria se manifestando adequadamente a respeito da situação, eles marcaram uma paralização no dia 29 de março e a realização de uma assembleia na Praça Rui Barbosa em frente à Prefeitura, onde fica o gabinete do prefeito Eugênio José Zuliani.

CIDADE QUE PROIBE DE TUDO

Por outro lado, essa situação acaba se parecendo, embora com temas completamente diferenciados, com o que ocorreu em 20­04, ocasião em que panfletos estavam sendo distribuídos na cidade, contra a construção da lagoa de tratamento de esgoto que ficou conhecida nos meios políticos por Bostódromo, ao lado do Parque Aquático Thermas dos Laranjais.

Os panfletos foram apreendidos no final da tarde do dia 19 de março de 2004, pelo delegado Celso Spa­dácio, então titular da Delegacia de Polícia de Olímpia. A partir de então, a questão se transformou no que se pode considerar uma verdadeira pendenga judicial.
Como se recorda, no mês de março de 2004, o ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro, junto com os vereadores, inclusive o atual prefeito Eugênio José Zuliani, que, desde o início daquele mandato vinham dando apoio a sua administração, estiveram na polícia para que fosse feita a apreensão de folhetos que estavam sendo distribuídos pelas ruas do centro da cidade, fazendo menção ao trabalho que vinha sendo realizado por vereadores daquela legislatura.

Somente oito anos depois, dia 3 de fevereiro de 2013, que a justiça decidiu devolver os panfletos distribuídos na campanha contra a construção de lagoa de tratamento de esgoto, conforme solicitado pelo responsável pelo movimento, o artista plástico e jornalista Willian Antonio Zanolli, através de sua advogada Mônica Maria de Lima Nogueira.