07 de setembro | 2014

Tempo de promessas

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Do Conselho Editorial

Como bem se pode observar pelas mídias convencionais, carros de som e passeatas de candidatos nas ruas, santinhos, propaganda de rádio e televisão, debates, o tempo de promessas está no ar.

Mafiosos dos cartéis ou da máfia do asfalto, fichas sujas e fichas limpas se movimentam para convencer o eleitorado que têm muito que fazer em prol da sociedade.

A sociedade por sua vez, ao perceber Arrudas do Mensalão do DEM em primeiro lugar nas pesquisas de intenção do voto assim como os Garotinhos da vida com chance de se elegerem, desconfia de que a única certeza que existe é que o império da corrupção está em pleno vigor.

O deputado federal e cidadão honorário de Olímpia Paulo Maluf (do PP) depois de ter tido barrada a sua candidatura pelo Tribunal Regional de São Paulo e continuar disputando a eleição, foi escolhido para ser um exemplo de político corrupto em uma campanha internacional contra a corrupção na Suíça.

Isto mesmo, o cidadão honorário olimpiense é destaque na campanha “Desmascare a corrupção” promovida pela ONG Transparência Internacional que tem sede em Berlim.

Na página oficial da campanha Maluf é chamado de “Mr. Kickbak” (Sr. Propinas em português).

Muitos outros, que não participam da campanha que depõe contra o Brasil, estão pelas ruas pedindo votos com a maior cara de pau e vendendo a ideia de que não colocaram no bolso dinheiro desviado dos cofres públicos através de cartéis e máfias.

Pior que isto, prometendo combater a corrupção que eles trataram de introduzir e alimentam na vida pública.

O povo, descrente da classe política se entrega as promessas dos salvadores da pátria ou nos que estão ai a prometer coisas impossíveis de se cumprir em razão da dinâmica da política brasileira onde os interesses privados se colocam acima dos interesses coletivos.

Como a minoria é sempre voto vencido por mais bem intencionada que seja, ou mesmo quando apresenta propostas visando a maioria com a intenção de fazer o governo sangrar, que tendo maioria aborta todas as tentativas no sentido da moralização da coisa pública, visto não olhar com bons olhos a introdução de elementos efetivos de controle e de combate à corrupção.

A maioria dos discursos e promessas de campanha não tem em sua essência clareza no tocante a implantação de dispositivos que rompa de vez e de forma eficaz a prática danosa do desvio de dinheiro público, que deixa em situação precária setores essenciais como a Saúde e Educação.

No entanto, pela mídia e pelas ruas as vozes dos candidatos prometem mudanças que fazem supor que mesmo eles saibam que a situação é caótica e perdura há muito tempo, que o povo sabe disto, foi as ruas em razão disto, que o deputado federal Maluf é garoto propaganda em campanha contra a corrupção no exterior, por representar o que há de pior na política, mesmo assim se não for barrado pela ficha suja, pode se reeleger.

Assim como podem se reeleger o Arruda do Mensalão do DEM, o Garotinho, deputados e senadores do Cartel do Metrô, da Máfia do Asfalto e tantos outros como prova de que o povo vai as ruas mas não vai as urnas consciente de que o que muda um país não são promessas, são votos conferidos a quem é verdadeiramente sério e comprometido com o bem estar da sociedade.

 

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