De acordo com o que consta inclusive na Lei Orgânica, as cores oficiais do Município de Olímpia são o amarelo, vermelho e preto, que aparecem em todos os símbolos maiores do município, que são sua Bandeira e seu Brasão. Elas foram estipuladas após minuciosas pesquisas e estudos sobre as origens através de um trabalho realizado pelo folclorólogo já falecido, professor José Sant’anna.

Isso tudo foi trocado por decisão do prefeito Eugênio José Zuliani, talvez acatando ideias da cúpula de sua administração, tão logo ele assumiu a Prefeitura Municipal de Olímpia, no início de 2009, primeiro ano de seu atual mandato.

Mesmo com os vários alertas que recebeu, Zuliani alterou tudo que encontrou, mudando as cores dos próprios municipais, móveis e imóveis, que receberam as cores: azul e verde que, coincidentemente ou não, representam seu partido, o Democratas.

Além disso, criou um ícone nestas cores, representado por dois traços paralelos, embora não retos, que passaram a simbolizar as ações do próprio Governo, sobre o slogan “Olímpia Cada Dia Melhor Pra Você”.

E tudo foi recebendo uma coloração e aparência diferentes: uniformes (escolares e funcionais), carros, prédios públicos, impressos, prontuários médicos, entre outras coisas.

Pelo menos pelos próximos quatro ou cinco meses, até que passe o período eleitoral, essas alterações ficarão obscuras para a população. Mas para tanto, novos impressos terão que ser feitos sem as tais marcas, prontuários médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), receitas médicas, papeis de ofícios, cores de prédios, adesivos dos carros e até, possivelmente, os uniformes das crianças, incluindo ai agasalhos e a própria mochila que receberam.

LEI MUNICIPAL DE 1987
Ao que consta, desde 2009, o primeiro de sua gestão, que vem sendo desrespeitada uma Lei Municipal de 1987, que declara como cores oficiais o preto, o vermelho e o amarelo.

A situação fere o parágrafo único do artigo 2º da Lei Orgânica do Município, que determina o seguinte: “O município adotará oficialmente as cores da Bandeira em todas as suas formas usuais e representativas”.

Esse mesmo artigo expressa que são símbolos do município o Brasão, o Hino, a Bandeira e a Fita no ornato das cores municipais.
Olímpia possui, inclusive, uma publicação chamada “História dos Símbolos do Município de Olímpia”, de autoria do professor e folclorista José Sant´anna, lançado em 1995. Sant´anna é também autor da Lei 1.868, de 17 de junho de 1987, dispondo sobre as cores do município, sancionada pelo então prefeito, já falecido, Wilson Zangirolami.

Esta lei declara como oficiais as cores preta, vermelha e amarela para o município de Olímpia, as mesmas encontradas na bandeira de Olímpia, cada uma com um significado próprio.

SITE OFICIAL DA PREFEITURA
Na própria página eletrônica da prefeitura municipal, há um texto extraído da publicação de Sant´anna, que diz: “Os símbolos municipais representam o nosso sentimento de amor e responsabilidade para com Olímpia, sendo, portanto, nosso dever protegê-los para que não sejam desrespeitados. Símbolos são sacramentos”. No site tem também reproduções da Bandeira e do Brasão do município, atualizados.

Além disso, tem as definições do significado de cada uma das cores. Quer dizer, “a cor preta (sable) tem o significado heráldico de fortaleza, constância, prudência, modéstia, ciência, gravidade, honestidade, moderação, fartura, fertilidade, silêncio e segredo – referindo-se aos atributos de administradores e munícipes e à maneira pela qual são conduzidos os destinos do município.

A cor vermelha (goles) indica derramamento de sangue em batalha, audácia, valor, galhardia, intrepidez, nobreza conspícua e honra, aludindo à participação desassombrada do povo de Olímpia nos movimentos cívicos ao lado da Lei e da Justiça, pela Democracia e pela Liberdade, como na arrancada heroica de 32 e na 2ª Guerra Mundial, quando olimpienses ofereceram suas vidas e seu sangue.

E a cor amarela (metal ouro) é representativa de riqueza, esplendor, glória, nobreza, poder, força, fé, prosperidade, soberania e mando, refletindo o irrefreável progresso alcançado por Olímpia pelo trabalho diurno de seu povo, alicerçado em fé inquebrantável na munificência do Todo Poderoso”.