17 de julho | 2016

Vídeo baixaria. Haverá debates políticos ou casos de policia?

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Do Conselho Editorial

Em outras edições deste jornal, no editorial, alertava-se para o rumo que a “política” local estava tomando nas redes públicas; tudo indicava que iria terminar em baixaria; se ainda não terminou, pelo menos começou.

O baixo nível das discussões dos simpatizantes de algumas candidaturas, e aqui se pode notar e anotar quais, dar nomes aos bois, as de Beto Putini, Fernando Cunha e Hilário Ruiz, nas redes sociais, discutiam o que não deveria caber em política.

E se aqui se dá nome aos bois dos simpatizantes destas candidaturas por se tratar de coisas públicas, postadas nas redes sociais e que dava o alcance do que viria ocorrer e está ocorrendo.

Os candidatos, em hipótese, podem não ter consciência do que está rolando, o que em síntese é sempre elemento de dúvida no imaginário popular, por se suspeitar, sempre, que estas intrigas, fuxicos e fofocas não só costumam ter o aval, como são alimentadas visando o desgaste do adversário.

A princípio as questões levantadas e alimentadas pelos simpatizantes davam contas de coisas tolas que significado algum pode ter na escolha do futuro mandatário da cidade.

Fora um ou outro desequilibrado que postavam sugestões que destoam daquilo que é concebível rolava as discussões entediantes sobre o que se fez ou deixou de fazer, se era ou não nascido na cidade e outras babaquices gêmeas.

Lembre-se que foi criado um site com severas críticas ao pré candidato responsável pelo B.O. agora registrado, que era sem sombra de dúvidas um absurdo naquilo que colocava a público, digno de averiguação e investigação pelo teor.

Durou alguns dias no ar, e se imagina que tenha saído de circulação em razão dos absurdos contidos.

Corre pelo facebook e pelo watssap, vídeos, charges, montagens, tudo visando o desmonte de candidaturas.

Natural esta atitude nas campanhas eleitorais já que o brasileiro tem esta vocação para valorizar o mundo cão, o espeta­cu­loso, o sensacionalismo, só que aqui, em Olímpia, tudo indicava e indica que o nível iria baixar mais e a temperatura iria subir.

Está, para alguns, em jogo não apenas o poder, mas também a manutenção de si mesmo através do emprego ou da dependência que se tem do poder público.

Está em jogo não só a manutenção de si mesmo, o status que alcançou na sociedade materialista do exibicionismo em uma cidade pequena em que o maior pagador em termos de salário e o menos exigente em qualidade técnica, e mesmo da própria prestação do serviço, é o município.

Estão, afora disto, em jogo, a futura possível mudança de liderança do Thermas e milhões em orçamentos, um jogo de poder alto, forte que produz despropósitos e esquizofrenias e que ao final fecha na ameaça a currais eleitorais fixados na cidade.

Estas e outras questões que o espaço não permite sejam discutidas começam a vir a tona na elaboração de um simples boletim de ocorrência.

Procurou pela delegacia local o pré-candidato Humberto José Puttini por que segundo ele, eventuais cabos eleitorais distribuíram vídeo que difamaria a si e presume-se respingaria em sua campanha.

De acordo com o boletim, três pessoas que seriam cabos eleitorais de um pré-candidato a prefeito de Olímpia estão sendo acusados de elaborar e distribuir na internet, um vídeo que difamaria o também pré-candidato, Humberto José Puttini.

Consta que, mediante pagamento, teriam utilizado um incapaz para gravar a mensagem. Por isso ele registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Olímpia na segunda-feira, dia 11 de julho.

De acordo com o que consta na polícia, trata-se de uma gravação na qual um jovem considerado incapaz, AEA, diz palavras contra a pré-candidatura de Puttini, cuja gravação teria sido feita por assessores do também pré-candidato a prefeito, Fernando Cunha.

No vídeo, A diz a seguinte frase: “Beto Puttini, você nunca vai ser prefeito de Olímpia, certo? Você nunca gostou de pobre! Credo!”. Ao tomar conhecimento do vídeo, que viralizou na internet, Puttini foi conversar com a mãe de A que, preocupada, gravou um pedido nos seguintes termos: “Eu sou a mãe do A. “Hoje pagaram R$ 10,00 para ele falar mal do Beto Puttini. O Beto Puttini é uma boa pessoa. Ele é amigo de todo mundo. Eu gostaria que não usassem o A para falar de política”.

Ainda consta que na delegacia, A, acompanhado de sua mãe, e mediante reconhecimento fotográfico, disse que o dinheiro lhe foi dado por “um homem conhecido como ‘Durrula’”, e quem teria filmado teria sido “Fernandinho Gottardi” e que no local também “Paulo Marcondes” e “Jucelino Yoshida”. Todos teriam sido identificados por meio de fotos de redes sociais.

Fernando Cunha emitiu nota eximindo-se da responsabilidade acerca da gravação do vídeo.

Em suma, não há como negar que a baixaria começou, melhor, mostrou a face, ao contrário de posts no face, de vídeos nos watss, de comentários nos compartilhamentos, agora a baixaria tem nomes, tem face, faz parte de um grupo de defensores de uma candidatura, o que deveria ser mais que suficiente para que os demais candidatos freassem os ímpetos de seus simpatizantes para que o nível da campanha fosse melhorado e se desse mais em cima de plataformas e de propostas.

Baixo nível e baixarias não conduzirão a nada, a não ser mais discussões sem pé nem cabeça; é preciso mudar esta realidade, dá tempo, a campanha nem iniciou, e nem iniciou muito mal, diga-se de passagem.

Pelo menos até agora, como bem avaliou o editorial da semana passada, o eleitor que optar por não comparecer no dia da votação, estará demonstrando que o que ai está é reprovável demais para que se perca tempo indo votar. Infelizmente. Ou muda ou muda, do jeito que está não pode ficar, a disputa parece que é a de cada um querendo mostrar que é menos pior que o outro. Assim não dá.

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