27 de janeiro | 2013

Terminou o calvário de Jesus? Começou a via crucis do Santos?

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 ”Os homens são como as moedas; devemos tomá-los pelo seu valor, seja qual for o seu cunho”. Carlos Drummond de Andrade

 

Astrogildo Becerra de Menezes

Semana passada, em outro espaço, que era em outra semana, portanto outra edição deste jornal, publicamos texto de forma anônima, que meu nome não é este, para falar alguns sapos e pererecas que estavam entaladas na minha garganta.

Os sapos, como sempre estão coaxando na minha cabeça, já as pererecas, como diria Caetano Veloso:

“A perereca quer voar, voa, voa perereca, mas não deixe aqui tão sozinho, o meu passarinho, o meu passarinho”.

Os homens estão atrapalhando meu caminho, eles PASSARÃO eu, passarinho, diria Mário Quintana, para falar de coisas leves e pesadas através de metáforas, e eu simples mortal que agora “desleio” tudo que vi, e nem sou o que assina por temor a reação dos autoritários de plantão, e roubei esta frase do Arantão, discorria sobre o desabafo, sapos e pererecas que abandonaram o barco, para na inicial meio que enrolado, ensimesmado revelar:

tô mais perdido que barata em ba­ile de formatura, se antes eu desentendia o tudo e não conseguia compreender o nada, agora nem divago sobre minha indignação por ter tanto pelo nos lugares ocultos e nenhum nos aparentes.

Já pensaram bobeira, pelo no peito, nas orelhas, dentro do nariz, no sovaco, olha como escreve o troço, sovaco, e ai eu leio no face­bo­ok “subaco” e penso, se trata assim de forma tão errada o pe­lu­dinho que tem debaixo do braço, vai tratar o que com carinho? Se não tratar questão privada com ternura dando-lhe e ou conferindo o nome certo, tratará de que forma a coisa pública?   

Pode chamar o psiquiatra que o psicopata “bipolarizou”, falar de uma coisa tão aparentemente fora de propósito, tão sem racionali­dade, sem fundamentos para dar introdução no assunto que se pretende, se é que se pretende algum assunto, também tem isto. 

AH! Lembrei, a joça do remédio de memória não tem funcionado aquelas coisas. Genérico é que nem as sobras de computadores do filosófico arantostélico, dá pau no meio pro final do texto, sempre, parece que foi a­mestrado pelo mestre para incomodar o fiel escudeiro.

Dei uma pista de que eu posso ser alguém, que a maioria odeia, só para ferrar mais ainda o fóssil ambulante, o proprietário de ga­gueira mental.

Então, lembrei a questão do sovaco que era para falar do cheiro de suor, ai iria descer para as delicadas patinhas da gazela e fazer uma ilação com sudorese que por streess ou falta de asseio atingem em cheio o cidadão e seu entorno.

Com, este entorno, me refiro a ga­lera, torcida do Flamengo, que coloca o dedo no nariz, se incomoda no ônibus, passa mal com a­quele cheiro de regurgito de bebê que às vezes sai dos braços ou dos pés dos descuidados que às vezes são chamados pelas costas de podrão.

Foi difícil, mas cheguei lá, por isto é mais fácil entender o Roberto Carlos que o Chico Buar­que. Um fala que ama em três linhas o outro precisa de um pacote de papel almaço para falar a mesma coisa.

Intelectual não deve transar, não deve trepar, até explicar o que deseja acabou a tesão, se bem que aquele cara que eu falei que muita gente não gosta dele, o W. A. Z. eu não acho que seja intelectual, tenho certeza que não é. Pode até me processar, o W.Z. é analfabeto funcional.

Assim não chego lá nunca, vamos aos fatos.

Está cheirando a suor, está che­i­rando a chulé, parece que tem algo de podre nesta situação que envolve diplo­ma­ção, posse, cassação, entra e sai, estica, encolhe, vai, volta, as vezes até sem ter ido nem voltado, está parecendo pescaria com borracha de estilingue.

Esta, o grande Martinussi que ensinou, você pega a linha, o anzol, chumbada, monta tudo certo como manda o figurino, coloca na extremidade contrária do anzol uma borracha retirada de p­neu de bicicleta, carro, caminhão, o que tiver, como a dos estilingues, coloca isca e no início da noite joga lá no rio e amarra a borracha em uma galhada, no mato, na grama, na cerca.

Pescaria de espera, ai você vai tomar umas águas bentas, molhar a palavra, aveludar a voz, deixar ela em trinta e três rotações, e lá pro meio da noite volta lá pra beira do rio com a caveira miando de alegre, perninha boa, bamba, e sempre vai ter um peixe que esticou a borracha pra lá, pra cá, pruma banda, pra outra, até que cansou e pranchou esperando o candidato a mentiroso ir lá buscá-lo para jogá-lo, depois de limpo e temperado no Lisa quente e fazer um belo tira gosto, o corta ressaca.

O caso do Becerra e do Fere­zin está parecendo este tipo de pescaria, bota, tira, empossa, va­i, re­tor­na, e agora, dizem alguns que acabou o calvário de Jesus, lógico que tirando uma “gomi­nha” na tentativa de “opinador” que sou eu.

Ouvi, nos botecos e barbeiros por ai, não sou o W, vou a barbearia, ele não tem necessidade de ir, a menos que corte os pelos do peito, do nariz, ou do sovaco, voltando, ré, tenho ouvido  por gente que não sabe exatamente quem sou eu, que foi respeitada a hierarquia da igreja, onde os santos estão no segundo escalão, a liderança voltou.

Outros menos temerosos de retaliação ousaram mais, falaram que houve a ressurreição.

O povo está dividido, há quem acredite que o Legislativo possa ter solução, e nesta divisão, os santistas que se opõem aos ferezi­nistas, já falaram que ressuscitou por pouco tempo, que este fenômeno dura às vezes só três dias, a última vez que aconteceu foi assim.

O que significa que tão cedo não ocorrerá o milagre da estabilidade política, o que poderá colocar em risco a instituição da “de­mo­cradura”, democracia com di­tadura,  existente, principalmente se levarmos em conta a instabilidade criada pela indicação importante de assessores que tanto iriam contribuir para o crescimento da nossa urbe.

Por derradeiro, são riscos que o sistema neste momento de inde­finições se vê obrigado a cor­rer, o que deixa em polvorosa a sociedade local, daqui a pouco as votações de título de cidadão, voto de louvor e congratulações e comen­das serão tremendamente prejudicadas. 

Nossa sorte é que já criaram o dia do Jipe, falta agora o dia do proprietário de fusca, o que será de nossa comunidade se discussões tão relevantes como estas não forem levadas a efeito nesta conjuntura de crise mundial, pelo plenário de nossa tão indispensável Câmara Municipal?

Se continuar este cenário de crise institucional daqui a pouco a crise que envolve Espanha, Grécia, EUA, Europa, chega aqui.

Por derradeiro, necessário observar a verdade vista pela ótica do presidente da Câmara, Beto Putini.

No artigo passado publicamos que passou a sensação para alguns, de ter dado a conhecida rasteira de sapo no Marcão, marcando a posse para quarta-feira de uma decisão que deveria ser cumprida na segunda-feira, segundo noticiaram e se fala por ai.

Também se fala que não conseguiram notificá-lo na sexta-feira por conta de seus muitos afazeres, para que seja feita justiça reproduzimos manifestação sua acerca do que fará no caso Ferezin.

“O presidente da Câmara Beto Puttini (PTB) foi noticiado na tarde de hoje dessa liminar  e disse que, da mesma forma, como procedeu no caso de Becerra vs. Mar­cão do Gazeta, a posse de Fe­rezin será no dia seguinte à decisão judicial, ou seja, nesta sexta-feira (25), ao meio-dia, “até para poder fazer justiça com o caso anterior e manter a isono­mia de condições”, disse ao Diário, com exclusividade.”

Pelo que falou, foi noticiado na quinta-feira e empossaria na sexta, no dia seguinte, correto ele.

Só ficou estranha a palavra noticiado, que dá a impressão de que recebeu através de alguém e não da justiça a notícia da decisão.

A impressão é que os interessados, no caso Ferezin, os seus advogados, foram lá e informaram da sentença, imaginam que pode não ter havido a burocracia oficial, ti­po o oficial, que a lenda urbana fala que não conseguiu encontrá-lo na vez anterior, agora nem houve, foram práticos e objetivos, deixando de novo dúvidas que só ele Beto e o Marcão podem esclarecer, se é que ambos querem isto.

Contrário a isto, se for o que se suspeita, Marquinhos que grude em um santo novo com poucos pedidos de milagres, que tenha tempo de se debruçar sobre o seu caso, muita vela de sete dias, que vai precisar e muito.

Ele, evangélico, não crê nisto, já o povo descrente dos políticos crê em tanta coisa que seria tão bom que não acontecesse, para eles não terem motivos para acreditar, para que o mundo de histórias confusas e nebulosas fosse claro e transparente e bom de se viver.

“Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira”. Carlos Drummond de Andrade

Willian A. Zanolli é artista plástico e jornalista e o blog é www.willianzanolli.blogspot.com

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