03 de março | 2019

Saúde politizada despencando e os vereadores discutindo sexo dos anjos?

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Do Conselho Editorial

O sistema de saúde de Olím­pia sob a responsabilidade do prefeito Fernando Cunha que retransmitiu parcela dela ao vereador Fernandinho, que, por sua vez, dividiu com Hilá­rio Ruiz, candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições, está um caos quase total e parece caminhar para piorar.

Nada anormal, visto que foi entregue pelo prefeito Cunha a pessoas sem muita responsabilidade social e com quase total desconhecimento dos problemas e das possíveis soluções para o setor.

Uma atitude condenável pois pode significar o cumprimento de promessa de campanha para manter Fernan­dinho, que ao que tudo indica seja teleguiado de Hilário, na base de sustentação do prefeito na Câmara.

Os resultados são os piores possíveis, superando em termos de má qualidade dos serviços e reclamação da população os piores momentos da gestão horrorosa de Eugênio José, que escalou uma técnica de segunda divisão para comandar o setor.

A situação, na atual, é muito mais grave porque a técnica de segunda divisão ainda detinha alguma experiência e intimidade com a área de saúde e o atual secretário, por mais que se esforce, não consegue passar a ideia de que seja entendido na matéria.

Seria no máximo um maquiador, um vitrinista daqueles que acreditam e imaginam que na proximidade de qualquer situação mais grave basta anunciar uma perfumaria que o povo desinformado e submisso vai engolir e esquecer as tragédias provocadas pelo atendimento cada vez mais precário no setor.

Somada a estas situações provocadas por inapetência, incapacidade, desconhecimento, soma-se a grave crise porque passa a Santa Casa que presta serviço a Upa, para criar um caldo extremante favorável a que ocorra as piores tragédias anunciadas.

Sem contar com grandes profetas em seu quadro, ou ter bola de cristal, este jornal vem insistindo que a situação vem crescendo em um volume que fatalmente conduziria a casos graves e trágicos, como conduziu e vai conduzir se nada mudar.

Já foi pedida a cabeça do que está Secretário da Saúde por se tratar de um rei da Inglaterra, muito mais um ocupante de um cargo decorativo que alguém que passe confiança de que seja capaz de mudar o quadro caótico que alimenta e contribui, mesmo que não seja seu desejo, para ampliar.

Evidente que cresce a insatisfação nas redes sociais e nas rodas em que se discute política.

Fernando Cunha que já deu demonstrativo claro de que não tem quem ouvir, ou que não ouve ninguém, tanto na prática como evidenciado em entrevistas, ao que parece, continuará não ouvindo.

Se esta situação perdurar, a cidade, como no governo de Eugênio, terá de conviver com esta situação surreal da entrega e aparelhamento de uma Secretária, que deveria cuidar do bem estar e da manutenção da vida, para o grupo político de Fernandinho/Hilário que já puderam comprovar que são incapazes de mudar a situação que vai piorando, se ampliando e o prefeito Cunha, ou fingindo que não vê, ou endossando os absurdos como se não fora o gestor responsável pelo setor.

Dentro deste contexto, o atual prefeito, não estaria solitário nesta empreitada de transformar em capitania hereditária a Saúde, pois parece contar com o apoio de parte dos vereadores locais.

Na Câmara há vereadores pra todo gosto e paixão. Se for para área da agressividade, do destempero verbal, fisiologia, populismo, fuxico, falsidade, inutilidades, demagogia, tem a dar com pau, pra entregar de baciada.

Para discutir algo sério como o que está ocorrendo na Saúde não encontra um para gravar um vídeo para postar no Facebook.

Tem vereador que planta pé de milho no asfalto e fala abóbora, tem vereador que fala abóbora de maneira errada e faz vídeo pra justificar a forma peculiar e particular de “aboborizar” o debate.

Tem quem posta vídeo tapando crateras e quem posta mostrando que a tapera tampada não resistiu a um pingo de água.

Desgraçadamente tem engraçado pra tudo que é gesto que possa angariar curtida, voto através da falsa ideia de estar trabalhando em prol da comunidade e nenhum desgraçado, no sentido de infeliz, desventurado para discutir de forma séria e necessária as aventuras e desventuras de um cidadão em busca de um bom atendimento na saúde pública.

O ser humano parece não ter nenhuma importância para o poder público local.

 Executivo e Legislativo parecem estar indiferentes a desgraça que acomete a população, tamanha a indiferença com que tratam o caos instalado na saúde pública.

Ao que parece, para eles, mortos não voltam e não votam.

 

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