12 de agosto | 2023

Saldos positivos e negativos da visita do ministro do Turismo

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“Olímpia merece mais que isto e, principalmente, não merece que seu povo, nem o Festival do Folclore com seus quase 60 anos, fiquem a mercê de picuinhas e disputas políticas que vislumbrem muito mais o pessoal e muito menos o coletivo, ou seja, a própria população”.

 

Do Conselho Editorial

Evidente que todo evento público costuma trazer em seu bojo, depois de realizado, elementos vistos como positivos e outros motivadores da crítica dos formadores de opinião.

O Festival do Folclore de Olímpia há trinta anos não recepcionava um ministro de Estado, tendo sido o último a visitar o Festival o ex-ministro da Cultura Francisco Wefortt (in memorian) no ano de 1994.

A pedido do prefeito Fernando Cunha, o membro do diretório do PT local Willian Zanolli e a presidente do partido em Olímpia, Monica M. de L. Nogueira, através do Ministro Alexandre Padilha, se mobilizaram para tornar possível a vinda de um ministro.

Após café da manhã em Rio Preto, há algum tempo, como ministro Padilha, foi anunciada a vinda do mesmo, do Ministro do Turismo e a possibilidade da vinda de Margareth Menezes, Ministra da Cultura para o Festival do Folclore deste ano.

Por motivos de ordem política, a agenda do Ministro Alexandre Padilha impediu sua saída de Brasília, entre as várias razões, o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a minirreforma ministerial.

A equipe de Margareth Menezes, por sua vez, havia confirmado a vinda da Ministra a Olímpia no dia 12 e derrubou a agenda de última hora em razão de outros compromissos.

A equipe de Padilha, através de Vitor Quarenta, desenvolveu um esforço gigantesco para, pelo menos, confirmar a presença do Ministro do Turismo no Festival do Folclore.

O Ministro Celso Sabino é indicação do União Brasil para o Ministério, mesmo partido que abriga Eugênio José Zuliani que é précandidato a prefeito nas próximas eleições olimpienses.

Segundo se sabe, entendeu a equipe do ex-prefeito e ex-deputado federal que a agenda da vinda do ministro seria pauta positiva para o prefeito e seria favorável ao pré-candidato que defenderá nas próximas eleições.

Parece, no entanto, não ter pensado além do universo eleitoral, nos benefícios que a cidade, o folclore e o turismo teriam com a visita ministerial e nos bastidores teria tentado sequestrar a pauta em benefício de sua possível futura pré-candidatura.

Sem exageros, ou com exageros, os comentários dão conta de que a visita do Ministro do Turismo, não fosse a intervenção do Ministro Padilha e do Prefeito Cunha, ou não teria ocorrido, ou teria ocorrido com uma agenda dirigida por Eugênio.

Eugênio, que não foi o autor do pedido e nem do esforço para que o Ministro de seu partido visitasse Olímpia, deu a entender que contribuía para que não se efetivasse a visita se não fosse o foco das atenções.

Segundo os comentários de alguns seguidores do prefeito, o mesmo Eugênio que foi vereador, presidente da Câmara Municipal, Prefeito por oito anos, deputado federal por quatro anos e nunca trouxe nenhum ministro para prestigiar o Folclore ou o Turismo local.

Não bastasse o voo do Ministro ter se atrasado e em razão disto, a agenda local ficou totalmente comprometida.

Mais de vinte prefeitos esperaram na Câmara Municipal pela presença do Ministro que não ocorreu e sua rápida passagem pelo Recinto do Folclore foi frustrante.

O tempo dedicado ao Festival do Folclore foi muito curto, não tendo condições de perceber a grandeza do evento e a razão foi, ao que tudo indica, que o ministro, tentando agradar a gregos e troianos, cumpriu o compromisso de estar com Eugênio José em uma recepção pessoal.

O esforço desenvolvido pelo prefeito, embora não se possa descartar que tenha tido interesse eleitoral,  merece aplausos por não dispensar a visita de um ministro por ser partidário de seu atual antagonista político, assim como a postura do ex-prefeito pré-candidato, ficou eivada da certeza que o motivo principal era político eleitoral e, em razão disso, pode ter se esforçado para dificultar a visita, antecipando uma disputa que só ocorrerá em outubro do ano que vem.

Olímpia merece mais que isto e, principalmente, não merece que seu povo,nem o Festival do Folclore com seus quase 60 anos, fiquem a mercê de picuinhas e disputas políticas que vislumbrem muito mais o pessoal e muito menos o coletivo, ou seja, a própria população.

O fato é que uma queda de braços eleitoreira acabou tirando o brilhantismo de uma visita importante que não ocorria há quase trinta anos.

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