01 de outubro | 2023

Pré-Candidatura do PT deve fechar o ciclo de lançamentos

Compartilhe:

Para a maioria dos partidos, o que conta é o número positivo nas pesquisas que determina se o candidato pode ser competitivo ou não. Até mesmo se agrega voto e pode ser uma boa opção na condição de vice de alguém com mais chance na disputa.

 

Do Conselho Editorial

Os lançamentos das pré-candidaturas de Zé Kokão pelo Republicanos e Willian Zanolli pelo PT devem encerrar o ciclo de lançamentos de pré-candidatos para as próximas eleições. Por enquanto, são oito os nomes colocados à disposição dos partidos para discussão junto à população e, ao final, se os partidos considerarem viáveis, a homologação das mesmas nas convenções partidárias.

O único nome que não foi cogitado e não se manifestou publicamente foi o de Hilário Ruiz, que não será motivo desta análise em razão do silêncio.

No momento, se posicionaram enquanto pré-candidatos: Gilberto Tonelli (PSD), Eugênio José Zuliani e Márcio Iquegami (União Brasil), Zé Kokão e Tina Riscali (Republicanos), Flávio Olmos (PP), Sargento Tarcisio (PL) e Willian Zanolli (PT). Evidentemente, a partir deste momento, começam as tratativas, os acordos de bastidores, o que fará com que algumas candidaturas sejam transformadas em candidatos a vice, vereador ou simplesmente deixem a disputa.

Considerando o quadro e o histórico, é de se concluir que quatro candidatos têm a possibilidade de chegar à reta final, com o nome homologado em convenções e com a fotografia e número nas urnas eletrônicas.

Gilberto Tonelli, por ter como avalista o atual prefeito e por contar com a máquina pública, que, independentemente das críticas dos que se opõem, geralmente conta com uma boa porcentagem de votos.

É raro na história política um governante que não queira fazer seu sucessor; esta é a lógica da manutenção do poder. Em razão desta lógica, o ex-prefeito e ex-deputado federal Eugênio José Zuliani tenta voltar à prefeitura após ter tentado alçar voo na condição de candidato a vice-governador na última eleição e não ter conseguido se eleger juntamente com Rodrigo Garcia.

A seu favor conta o fato de ter sido prefeito e ter sido muito bem votado quando reeleito e, de forma contrária, a redução do número de votos em Olímpia na eleição para deputado. É um candidato competitivo tanto quanto Gilberto, e a tendência é de que mantenha.

Flávio Olmos vem de um resultado bastante positivo na eleição que disputou a vaga majoritária, colocou seu nome na disputa para deputado estadual e tem um recall, uma lembrança no inconsciente coletivo que permite visualizar a continuidade de sua candidatura.

Willian Zanolli, que não foi bem-sucedido na eleição passada já que o Partido dos Trabalhadores sofria uma rejeição altíssima em razão da polarização, retorna em condições mais favoráveis e com o apoio do Ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha. Levando em conta seu histórico de lutas e sua combatividade, é bem possível que chegue às urnas.

Sargento Tarcísio é uma incógnita, sendo totalmente desconhecida sua capacidade de organização; tanto pode surpreender como apenas concluir que as dificuldades da disputa estão muito acima de seu capital político. É, em suma, uma candidatura imprevisível.

Já Márcio Iquegami, Tina Riscali e Zé Kokão vão além da incógnita, caindo no plano da imprevisibilidade. Se for considerar o que declararam em relação a resolver determinadas demandas políticas formais, terão um prazo diminuto para consolidar as candidaturas em razão da insegurança e dependência das instâncias partidárias, que, a princípio, parece que não dominam. Nada que o crescimento de popularidade e de intenção de votos detectada em pesquisa séria e registrada na justiça eleitoral não possa resolver.

Para a maioria dos partidos, o que conta é o número positivo nas pesquisas que determina se o candidato pode ser competitivo ou não. Até mesmo se agrega voto e pode ser uma boa opção na condição de vice de alguém com mais chance na disputa.

Essas mesmas pesquisas irão mostrar aos que, no imaginário popular, estão bastante competitivos neste momento, que são Tonelli e Geninho; para onde irão migrar os votos dos demais e qual o rombo provocado em suas candidaturas.

O cenário começou a se desenhar e o que era céu de brigadeiro para alguns começa a se transformar em terremoto.

 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas