30 de julho | 2023
Olímpia, uma cidade e seu destino
“Com o mesmo carinho e amor que a administração tem se dedicado a recepção do turista deveria se dedicar ao olimpiense que aqui vive, paga impostos e merecendo tratamento humanizado, solidário, fraterno e responsável no atendimento as suas demandas”.
Do Conselho Editorial
Quem transita e observa a cidade de Olímpia tem claro que há obras da prefeitura sendo executadas em grande parte dela.
Evidente que os corredores que transportam visitantes para o setor turístico parecem estar tendo prioridade no tocante a melhorias.
Nada demais, considerando que a cidade encontrou sua vocação econômica atual que é o turismo e, se deseja ser atrativa, tem mais é que investir para contribuir com o crescimento do setor.
Foram investidos pela iniciativa privada milhões de reais ao longo dos anos e continua sendo investido, não justificando que o poder público fique inerte e não dê sua contrapartida.
Há setores que se encontram esquecidos e outros abandonados, porém, o canteiro de obras instalado visando uma estrutura auxiliar do turismo está pulsante, a todo vapor.
Por todos os caminhos que conduzem aos diversos parques aquáticos, atrações de lazer e cultural, observam-se obras de média e grande envergadura.
Natural que o habitante da cidade que não é contemplado nos setores que sua necessidade obrigatória exige e reclame da precariedade do sistema de saúde, da não modernização do sistema educacional, da ausência de segurança nos bairros periféricos e bolsões de miséria, do fisiologismo da Assistência Social que não tem projetos para juventude.
O setor cultural, em que pese ter avançado em ações que privilegiam o turista, pouco ou nada tem feito em favor dos artistas locais.
Mesmo o sistema de recolhimento de lixo nos bairros periféricos e a manutenção de suas ruas no tocante a malha viária e sinalização de ruas tem sido bastante capenga, considerando-se o movimento “obreirista” que ocorre nos corredores turísticos.
Queixa constante no que se relaciona a demora de marcação de consultas, realizações de exames, falta de remédios de uso contínuo essenciais a tratamentos comuns como pressão alta, diabetes, colesterol, etc.
Pela quantidade de obras e pela qualidade dos serviços contratados e prestados, observados a olho nu, pode-se concluir que a qualidade dos serviços entregues difere dos que foram realizados em outros mandatos em que a inferioridade era observável e sentida na pouca durabilidade de algumas delas.
Com certeza, a administração atual não pode ser comparada com outras que prometiam muito e entregavam pouco.
Embora as faltas elencadas talvez se notabilizem em razão do grande número de intervenções da administração ampliando a visão de desamparo de outros setores tão necessários no dia a dia do contribuinte, por honestidade e principio, é preciso registrar que já houve abandonos maiores em gestões anteriores.
Em gestões passadas, o setor de saúde, por exemplo, era um caos total, motivo de manchete nas páginas policiais deste jornal por óbitos de pacientes na UPA, Santa Casa e casos de paciente carregados em caçamba de caminhonete por falta de ambulância.
Nada justifica, no entanto, que a atual administração não centre forças para equacionar questões que avançaram positivamente, mas ainda estão distantes do que se pode chamar de ideal.
Com o mesmo carinho e amor que a administração tem se dedicado a recepção do turista deveria se dedicar ao olimpiense que aqui vive, paga impostos e merecendo tratamento humanizado, solidário, fraterno e responsável no atendimento as suas demandas.
A cidade que já não convive com fantasmas do passado, precisa avançar um pouco mais tirando dasarjeta o povo necessitado e carente do que está ainda faltante.
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