01 de fevereiro | 2016

Revolucionando o conceito de dieta para emagrecer

Compartilhe:

Comer sem culpa, ter certeza de que o corpo está bem nutrido e ainda manter o peso ideal, segundo a nutricionista Sophie Deram isso é possível / GB Imagem

 

“O Peso das Dietas”, a nutricionista Sophie Deram pretende mostrar os perigos de algumas dietas e como as restrições alimentares influenciariam de modo negativo o cérebro humano / GB Imagem

 

 

 

Manter o peso ideal é a ordem do momento não só por questões ligadas à saúde, mas principalmente por questões de estética. Todos querem o corpo dos modelos – homens e mulheres – que transitam leves e lindos nas passarelas da moda e na televisão. A onda é ser magro e usar roupas justas, aliás as roupas consideradas “fashion” são confeccionadas para corpos magros. E daí entra em cenas as famosas dietas. Tem sempre uma receita nova que promete emagrecer para sempre. Quase ninguém se lembra de que cada ser humano é único e isso tem que ser mais respeitado.

Não bastasse o verão ser tempo de praia, piscina e corpos à mostra, o Carnaval também é motivo para se querer o corpo em forma. Alguns procuram soluções rápidas para perder peso e aí entram as dietas milagrosas que podem fazer o efeito desejado na hora, mas fatalmente os quilos perdidos serão recuperados. Por que isso acontece?

Com a palavra a nutricionista Sophie Deram. Ela explica que isso acontece porque o cérebro não percebe a perda de peso como um sucesso de beleza, mas como um grande perigo. Por isso, desenvolve mecanismos de proteção aumentando, na verdade, o apetite e a obsessão por alimento.

Em seu livro “O Peso Das Dietas” ela mostra uma nova maneira de ver a nutrição. Publicado pela Editora Sensus, a obra é baseada em estudos científicos pesquisados por Sophie Deram que comprovam: “as dietas são, em longo prazo, a mais importante fonte de ganho de peso das pessoas”.

Sophie vem para ensinar e alertar sobre o perigo das dietas. Segundo a autora, que é doutora em Endocrinologia pela USP (Universidade de São Paulo), não fazê-las é o caminho para viver com qualidade e com o peso saudável. Ou seja, não, não é preciso cortar o glúten ou se alimentar apenas de proteínas.

Partindo do estudo da Nutrigenômica – a ciência que trata de como os alimentos conversam com nossos genes –, Sophie apresenta um método científico e revolucionário, em que a contagem de calorias e as restrições alimentares radicais ficam proibidas, ou seja, para emagrecer, nada de dieta. Fazer uma dieta restritiva é uma das coisas que mais assusta e estressa o corpo e o cérebro.

A obra é muito bem estruturada por Sophie em cinco capítulos – “Vivemos Hoje um Terrorismo Nutricional”; “Não Sabemos Mais o que Comer”; “O Poder do Cérebro”; “Os Segredos de Sophie” e os “Segredos de Sophie na Prática” –  e de maneira clara e objetiva, ela conta seus “Sete Segredos” para emagrecer de forma sustentável e resgatando o prazer de comer alimentos verdadeiros. Ao final do livro há uma seção de dicas sobre como organizar o seu dia a dia na cozinha, com mais de 50 receitas saborosas e fáceis de preparar, muitas delas enviadas pelos seus amigos do mundo todo.

É surpreendente se deparar com uma receita de bisteca de porco com shoyu e arroz num livro de uma nutricionista. Para muitos, esta refeição, pode ser considerada um prato extremamente restrito, mas não para Sophie! “Quero mostrar o quanto é importante escutar seu corpo e não obrigá-lo a seguir numa direção que ele não quer!”, afirma.

“Estamos cada vez mais em guerra com o nosso corpo. Em vez de cuidar dele da melhor maneira possível, tentamos obrigá-lo a seguir numa direção que ele muitas vezes não quer ir, porque sabe que não é a direção mais saudável.”

Francesa e naturalizada brasileira há 10 anos, Sophie Deram escreveu o livro com o objetivo de fazer com que a sociedade reflita sobre os riscos à saúde que podem ser provocados por regimes alimentares restritivos, além de fazer com que as crianças de hoje em dia já cresçam com um pensamento saudável. “Espero também alertar os pais de crianças que hoje crescem encarando com dificuldade uma alimentação normal e variada, que se sentem culpadas ao cometer alguns excessos em dias de festas, ou de ir a um fast food de vez em quando, ou de comer uma fatia de pizza ou de bolo”, finaliza a profissional, que defende o consumo de alimentos verdadeiros e o resgate da culinária familiar.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas