Como o VIVA+ Festival em Olímpia foi comprometido por falhas graves de segurança.

DO CONSELHO EDITORIAL

Um evento cultural de magnitude incontestável, como o Viva Mais Festival, realizado de 10 a 14 de novembro em Olímpia, oferece não apenas entretenimento, mas também se torna um espelho da competência organizacional e do compromisso com a segurança. Este festival, que atraiu mais de 10 mil pessoas diariamente, com a presença de grandes nomes como Ana Castela, Gustavo Mioto, Jota Quest, Péricles e Luan Santana, representou um ponto de encontro para uma diversidade de ritmos, estilos e gêneros. Uma verdadeira celebração da arte e da cultura, com o potencial de unir turistas e moradores locais em uma experiência memorável.

Além da diversão, o festival também mostrou seu lado solidário, coletando mais de 15 toneladas de alimentos não perecíveis, demonstrando uma integração social admirável e um espírito de solidariedade. A inclusão de entretenimentos variados para todas as idades, inclusive para crianças e pets, reflete um planejamento inclusivo e abrangente.

No entanto, um aspecto crucial que frequentemente permanece nos bastidores, mas é vital para o sucesso de tais eventos, emergiu como uma preocupante falha: a segurança. A escolha de seguranças inexperientes e despreparados manchou, infelizmente, a excelência do festival. A magia e o esplendor de um evento grandioso podem ser instantaneamente ofuscados por uma escolha aparentemente trivial.

As redes sociais se encheram de relatos perturbadores: pequenos desentendimentos evoluíram para confrontos sérios, incluindo xingamentos, ameaças e até violência física. Incidentes graves como uma briga generalizada em um camarote, que resultou em ferimentos significativos, e a retirada agressiva de um rapaz do evento, ilustram a escalada de tensões.

Um incidente particularmente alarmante envolveu um jovem injustamente tratado por estar sem pulseira, apesar de possuir um recibo digital que comprovava sua presença legítima. A intervenção excessiva e agressiva da segurança, que se estendeu a sua irmã, destacou uma falta de preparo e sensibilidade inaceitável.

O que deveria ser uma experiência de celebração e união transformou-se em um campo de conflitos e medo, questionando a competência e a humanidade dos responsáveis pela segurança.

Esses eventos lançam luz sobre uma questão crítica: a importância de profissionais de segurança qualificados e bem treinados em eventos de grande escala. O papel deles vai além de manter a ordem; eles são responsáveis por garantir que a segurança e o bem-estar dos participantes sejam priorizados, criando um ambiente onde a arte e a cultura possam ser apreciadas sem receios.

O Viva Mais Festival, com suas inúmeras qualidades e contribuições significativas à comunidade, serve agora como um lembrete crucial. Ele ressalta a necessidade imperativa de reavaliar e reforçar os padrões de segurança em eventos culturais. Afinal, a segurança não é apenas uma parte do evento; é a fundação sobre a qual toda a experiência do festival é construída.