20 de dezembro | 2015

Geninho o incansável criador de cargos

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Do Conselho Editorial

Cada vez que ganha as ruas a Imprensa Oficial, a sensação que passa e que se tem é que a prefeitura do município de Olímpia, em termos de arrecadação e gastos, é um supersaco sem fundo, que o administrador é muito menos administrador e muito mais o supercriador de cargos.

E, engraçado, ou diga-se, por estranha coincidência, maioria deles preenchidos por próximos do Supergênio.

A impressão que passa é daqueles governos malufistas, sem grandes princípios políticos ou preocupação social, que nunca descem do palanque, ou mesmo, que parece que desceu agora e está a pagar dívidas, promessas de campanhas.

O país se perguntando qual será o rumo da economia, o que acontecerá com as prefeituras endividadas, com o povo que está com dificuldades em relação ao cumprimento de suas obrigações, e o governo local ampliando a gama de impostos e cobranças na mesma velocidade que contrata seus próximos.

Olímpia, que após a febre turística, se por um lado melhorou no aspecto econômico, gerou empregos na área, por outro teve ampliado o valor do custo de vida no tocante aos preços impostos pelos serviços prestados pelo município.

Taxas e impostos ganharam enorme relevância nas economias domésticas. Água, Esgoto, Taxa de Iluminação Pública (TIP), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e outros tantos subiram estratosfericamente, foram as alturas, galgaram a patamares insuportáveis para a grande maioria.

Presume-se que taxas e impostos como o próprio nome já diz, são criados para fazer frente às despesas do poder público, como um todo, de obras a salário.

Deste todo, a lei de responsabilidade fiscal prevê que até 54% seja destinado a folha de pagamentos, lógico que este valor em uma cidade com previsão de arrecadação de mais de duzentos milhões de reais é muito significativo ou alto.

O número de demandas públicas é da mesma ordem, altíssimo em razão do abandono e do mau estado de conservação a que estão relegadas determinadas áreas da cidade, e alguns setores do poder público, com ênfase na Saúde, deficitária e com atendimento precário.

Seria coerente, demonstrativo de seriedade que, a exemplo do que vêm ocorrendo em diversas prefeituras pelo país afora, e em governos de Estados, que homens comprometidos com as coisas públicas estão abrindo mão de salários para que o povo não sofra conseqüências futuras na queda da qualidade do serviço prestado pelo poder público.

Em Olímpia, o que se pode depreender pela quantidade de cargos criados, pelo número excessivo de estagiários, pelas infindáveis nomeações, que não há critério e muito menos desejo de se dar exemplo de austeridade no trato com a coisa pública.

Deriva daí a preocupação de que o futuro horizonte que se vislumbra para o final caótico que alguns sinalizam para a administração Genial, será sem sombra de dúvidas muito cinza.

A população pagará um preço muito alto pelas inconsequências cometidas por um insensato ator político, que parece ter brincado de ser prefeito por longos oito anos, e ai aquela frase que diz que cada povo tem o governo que merece terá muito mais significado que a pobre exibição de ostentação de alguns que acham que há vida mais barata, mas não presta.

 

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