26 de dezembro | 2015

Então é Natal

Compartilhe:

DO CONSELHO EDITORIAL

Hora da volta da música da Simone e do show de fim de ano do Roberto Carlos com as mesmas músicas de sempre, tempo de presentes e de ausentes se cumprimentarem, muitas vezes nem se perguntando por que razão estão fazendo isto.

A palavra Natal significa nascimento. A origem da comemoração natalina se deu historicamente a partir do século IV, quando a Igreja Católica Romana instituiu esta comemoração e daí se expandiu ao protestantismo e ao resto do mundo.

No entanto, há divergências em relação à data do nascimento de Jesus. Há divergências inclusive sobre a possibilidade dele ter nascido no mês de dezembro, que é tempo de inverno naquela região da Palestina, onde costuma chover e nevar neste período, o que pode, de acordo com algumas teorias, impossibilitar a permanência ao ar livre.

Outras datas são anunciadas como prováveis. 25 de dezembro, muitos creem foi retirada de uma comemoração pagã relacionada com o Solstício de inverno, época em que o Sol, tendo se afastado o mais possível do equador, parece deter-se e estacionar durante alguns dias, antes de voltar a aproximar-se de novo do equador, o que se dá entre 17 e 21 de dezembro.

Baseado nesse solstício, toda civilização que estudava os astros adotou a adoração ao sol ou ao seu “Deus” mais ilustre nesta data.

Notadamente em Roma existia o “Nascimento do Sol Invicto” celebrando o “Novo Sol”. Essas festividades pagãs eram muito populares e, segundo alguns, foram sincretizadas para o cristianismo por Constantino, pois depois da conversão do imperador romano ao cristianismo, a população não queria abandonar esse costume.

Assim, eles relacionaram Cristo com o “deus-sol”. Note que sincretismo é coisa comum na historia, perceba o da Bahia, na qual cada “santo católico” possui um similar nos cultos africanos, da mesma forma, os deuses romanos se sincretizaram com os santos católicos.

Até mesmo a questão dos ex-votos na qual os fiéis depositam pedaços do corpo humano de cera, já era costume dos gregos e romanos. 

Outros creem justamente o contrário. Que a data 25 de dezembro já era comemorada pelos cristãos primitivos e um imperador romano, para enfraquecer a fé cristã, colocou a festa do “Nascimento do Sol Invicto” para enfraquecer esta data.

O hábito da árvore de Natal e dos presentes, alguns creem que vem de Martin Lutero que pretendeu relacioná-la com o céu.  

Outros creem que a árvore de Natal vem da Babilônia, de Ninrode, Neto de Cão, filho de Noé; de acordo com esta tese, a árvore representa o próprio Ninrode redivivo, que em determinado período seu espírito se apossava da árvore.

Isto se explica pelo fato de que em muitas culturas há o hábito de se cultuar as árvores e os animais; para os druidas, o carvalho era sagrado; para os egípcios, as palmeiras; em Roma, era decorado com cerejas durante a Saturdália; várias seitas latino-americanas cultuam o Santo Daime.   

O costume de dar presentes vem dos Reis Magos que trouxeram ouro, incenso e mirra de presente a Jesus quando do seu nascimento. Outra controvérsia. Há os que crêem que este é um hábito pagão atribuído a Odim, deus nórdico que dava presentes a seus adoradores através de uma árvore.   

A versão que prosperou por aqui dá conta que a prática de presentear vem do hábito de São Nicolau que dava presentes às escondidas, no dia 6 de dezembro.

 O nome “Papai Noel” é uma corruptela do nome “São Nicolau”, um bispo romano que viveu no século V. bispo de Mira, um santo venerado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro.

Daí teria surgido a prática de se dar presentes “as escondidas” no dia de São Nicolau (6 de dezembro).

Mais tarde, essa data fundiu-se com o “Dia de Natal” (25 de dezembro), passando a se adotar também no natal essa prática de se dar presentes “às escondidas”, como o fazia o Saint Klaus (o velho Noel!).

Surgiu daí a tradição de se colocar os presentes às escondidas junto às árvores de Natal.

A conhecida imagem de Papai Noel foi criada pela Coca-Cola em uma de suas propagandas, há mais ou menos 150 anos.

O uso de velas é um ritual de dedicação aos deuses ancestrais.

A vela acendida está fazendo renascer o ritual dos solstícios, que mantêm vivo o sol, ou ainda iluminando as almas no mundo do além túmulo.

Não tem nenhuma relação com o candelabro judaico (ou Menorah).

O presépio é uma representação do nascimento de Jesus, porém a Bíblia manda não fazer imagens de esculturas, nem representações de nada no Céu ou na terra.

Daí, acreditarem alguns, ser este um altar a Baal, consagrado desde a antiga babilônia e um estímulo à idolatria.

Se você não sabia nada deste festejo natalino, de 25 de dezembro, onde muitos acreditam ser uma festa dedicada a Papai Noel, presentes, bebidas e sacrifícios de leitões, perus, frangos, cordeiros, bois, como nos ritos pagãos e outros poucos imaginam que seja a comemoração da vinda do filho de Deus a terra para salvar a humanidade. É possível que ao final da leitura concluirá que não chegou à conclusão alguma.

Boa hora para incorporar o espírito cristão, aquele do Jesus pregador, compreensivo, bondoso, generoso, e compreender, que sempre é tempo para compreensões, que as justificativas das coisas que estão no mundo não cabe em apenas uma minúscula teoria; os pensamentos são múltiplos, diversos e há mais que um pensamento para cada ação humana.

Respeitar a diversidade, as diferenças, pode fazer a diferença na sua vida e na vida de todos, eis ai um exemplo cristão a ser seguido doravante pelos que gostariam que o mundo fosse bem melhor do que pode ser e não é, caso contrário, não haveria necessidade alguma do filho de Deus ter vindo ao mundo com a missão de nos “salvar”, ou haveria?

Feliz Natal a todos é o desejo da Folha da Região.

 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas