“Está chegando ao ponto de dar mostras de não mais se satisfazer com a alcunha de Rei Nando e estar tentando impor a imagem de Deus Nando”.

José Antônio Arantes – Editor da Folha – Tudo levando a crer que este ano teremos uma eleição tumultuada, os acontecimentos da semana mostram que o prefeito Fernando Cunha parece não ter se conformado em deixar o poder e está fazendo tudo para eleger um de seus lugares-tenentes, ao que tudo indica, para continuar mandando na prefeitura e, após quatro anos, voltar a disputar o cargo.

Pelo que vem ocorrendo, a sensação que dá é a de que seu candidato não é importante, mas ele sim, já que está atuando como se fosse o postulante do cargo.

Diferentemente de outros anos, começou 2024 dando comida de graça para o povo, lançando casas populares, anunciando hospital e novo prédio do abrigo que não pode garantir que acontecerão, shows e mais shows (até festa de peão tem sido anunciada pelos seus bate-paus) e usando de todos os recursos para poder manter uma grande legião de apaniguados e futuros cabos eleitorais.

O que se entende é que estaria fazendo de tudo para tentar impor à população uma imagem de grande gestor e que, mesmo sendo ditador, administra direitinho as finanças, paga em dia os funcionários e consegue implementar as obras deixadas pelos seus antecessores, além de projetar outras que pode não estar presente para ver acontecer.

Quanto à sua performance no cargo, ao contrário de se chegar próximo ao povo, disfarçar sua soberba, sua onipotência, cada vez mais dá mostras de ser um ditador e entender que apenas o que pensa é o certo. Seria o único capaz de interpretar a realidade. O dono da verdade absoluta.

Está chegando ao ponto de dar mostras de não mais se satisfazer com a alcunha de Rei Nando e estar tentando impor a imagem de Deus Nando.

Esta semana, enfiou goela abaixo da população a politização da Saúde, oficializando a sua direção por apaniguado do ex-vereador Hilário Ruiz, o Marquinho da Farmácia que terá a função de fingir que é secretário.

Estes já estiveram no comando desta secretaria, que é fundamental para a população, num passado distante, onde até mortes ocorreram e conseguiram fazer com que o olimpiense vivesse dias de caos.

Mas outro ponto inaceitável, atendendo a reivindicação das empresas que vão promover e lucrar com o carnaval, vai deixar de realizar o carnaval na terça-feira, terminando na segunda, com desfile das escolas na rua apenas no domingo.

Simplesmente, o déspota, o tirano, mesmo com a posição contrária das escolas e sem consultar o povo, pois até plebiscito já mandou a câmara cancelar para não ter que dar satisfações para a população (rasgou a democracia), simplesmente vai acabar com uma tradição cultural quase centenária e colocar em risco o próprio carnaval de rua, com sua realização apenas no domingo.

Se agora a situação já chega nesse ponto, imagine daqui a uns meses quando se aproximarem as eleições.

Tudo seria risível, se não fosse trágico. O coronel, virou imperador, depois passou a rei e agora quer o lugar de Deus.

Vade retro Deus Nando…