12 de novembro | 2017

De Geninho ao rato que ruge a um governo cuja podridão parece vir a tona todo dia

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Do Conselho Editorial

Seria maravilhoso, fantástico, que se pudesse, neste espaço, semanalmente, tecer loas, como, diga-se de passagem, o fazia o editor deste jornal ao governo passado de Geninho.

Há de se lembrar aos bem ou mal intencionados que ou se esqueceram ou fingem terem esquecido, que a opinião pessoal do editor deste jornal, no início do governo de Eugênio José, era a de que o mesmo poderia passar para a história como o maior prefeito que Olímpia teve em todos os tempos.

O jornalista não mudou em nada, a não ser o fato de ter deixado à deriva alguns quilos e acrescentado mais informações às que detinha; continua em cima das mesmas pernas, com o mesmo braço e com a mesma cabeça.

O que pode ter mudado, na relação com o outrora administrador, de quem continua amigo, é a desconfiança em relação ao conceito que o mesmo travava em relação a administração pública.

Passado o primeiro ano de seu mandato, pode se observar que a prática era coronelista, de construção de feudos, ultrapassada, rançosa, cheia de vícios e irresponsável no tocante a preservação da saúde financeira do município, superlotando a administração com amigos e conhecidos em cargos comissionados.

As obras eram contratadas em sua maioria com empreiteiras que enfrentavam dificuldades econômicas e traziam transtornos a comunidade em razão da demora da entrega.

A Saúde era e continua como estava, um caos; segurança inexistia como inexiste agora, discussão sobre geração de emprego ou turismo era amadorística e o Legislativo era tão ou mais fisiológico quanto o Executivo.

O editor pagou o preço que se paga por não ter preferências pessoais ou políticas ao não se contrapor ao governo de Eugênio no início, primeiro por não haver razões para tanto e segundo, que primeiro ano de mandato não se sabe a que veio a administração que coloca os pés no chão e toma noção do que ocorre no Executivo.

Assim foi e assim está sendo agora, que o editor, não visualizando, pelo menos por enquanto, nada além do comum, o arroz com feijão, é alvo de críticas dos desvairados, dos louquinhos de plantão e das canetas de aluguel.

Nada que possa tirar o sono ou as casquinhas das feridas que ainda não cicatrizaram por inteiro no jogo dos arranhões que se sofre por ter opinião.

Faz parte do jogo democrático a travessia do Rubicão com água pelo peito e levando flechadas de tudo que é banda e lado.

Enquanto isto, aquilo que trouxe desilusão no governo de Eugênio, não só para o editor, para o eleitor e para a cidade, vai a cada dia produzindo resultados jurídicos que não se pode interpretar como positivo a carreira de um político em tempos de combate a corrupção.

Emplacar dez processos, realmente não é nada bom para a biografia de alguém que pretende se apresentar nas urnas nas próximas eleições.

E isto, pode se afirmar, que por enquanto, há informações que as questões na área da Saúde vão se avolumando nos Tribunais de Contas com tendência a se transformarem em novos inquéritos e novas investigações.

E todo lugar e canto que se olha da administração passada, de cada gaveta parece que vai saltar um cadáver.

Ora se discute o que foi bastante falado pelas rodas de política e que tratava das famosas manipulações dos concursos públicos, que os cuja canetinha Bic de um e noventa e nove, amestrada para falar bem do patrão, defendem, está na pauta das discussões do Ministério Público.

O argumento, embora os canetinhas de aluguel, por terem sido alugadas pra isto, finjam que desconheçam, o bojo das investigações, se aprofundadas podem concluir que não foi apenas um beneficiado com o tal concurso, pode ser, que haja mais.

Não é da prática política brasileira manipular um concurso, se é que foi manipulado, para beneficiar apenas um inscrito, isto seria de uma idiotice total.

E político pode ser tudo menos idiota quando se trata de praticar mal feitos.

Portanto, se houve alguma ilicitude, pode ser que se constate mais que um beneficiado, pois na época dos resultados mais que um prejudicado apontou que existiam outros a gozar de privilégios.

E, por ai vai o “E assim caminha a falta de humildade” com um ex-governo que poderia ter sido o melhor de todos os tempos, acumulando denúncias e suspeitas sendo defendido pelos que se sustentavam nas práticas condenáveis deste governo, que agora rugem como leão, e que outrora se comportavam como ratinho domesticado pelo gato.

 

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