24 de novembro | 2019

Com Bolsonaro o Brasil se transformou no país do fim do mundo?

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Do Conselho Editorial

Muitos brasileiros não conseguiram e nem conseguirão perceber que ao eleger um ditador sem princípios, semianalfabeto e truculento, para o exercício da maior instância de poder da nação, colocaram o país na borda do precipício da terra plana.

 A atriz francesa Juliette Binoche, em entrevista recente, fala sobre sua vinda ao Brasil e desabafa: “Bolsonaro me dá medo”.

Brasileiros lúcidos e normais sabem ou percebem que a imagem do país pelo mundo afora, após o início do governo Bolsonaro, é a pior possível desde a fundação e tende a piorar.

Não é pra menos.

O esforço desenvolvido por Jair para se comportar como um doidivana em surto permanente, acompanhado pelos seus filhotes, milicianos e ‘malu­que­tes’ ministeriá­veis instalados no hospício do planalto, deveria incomodar, indignar e assustar qualquer cidadão de princípio.

Esta semana em que a atriz francesa revelou seus temores pelo desgoverno arbitrário e truculento de Bolsonaro a mídia trouxe manchetes leves comparadas a outros períodos e que mesmo assim são totalmente fora dos padrões de normalidade para o mundo civilizado.

Bolsonaro, na sua aparente insanidade, no lançamento de seu novo partido, teve um logotipo feito com cartuchos de balas e o número de seu partido será 38 em referência ao calibre de revólver.

O logo foi elaborado em uma placa feita com cartuchos de balas presenteada a Jair Bolsonaro na quinta-feira (21), durante o evento de lançamento de seu novo partido, o Aliança pelo Brasil.

Por outro lado, foi noticiado que a Polícia investiga possível participação de Carlos Bolsonaro no caso Marielle.

Segundo a notícia, a Polícia Civil trabalha com uma nova hipótese no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

De acordo com o colu­nista Kennedy Alen­car, da Rádio CBN, nos bastidores das linhas de investigação, comenta-se o envolvi­men­to do vereador Carlos Bolsonaro no caso.

Não bastasse tudo isso, o destrambelhado Ministro da Educação, Abraham Weintraub, sem apresentar prova alguma, disse em entrevista ao “Jornal da Cidade Online” que há “plantações extensivas de maconha” nas universidades federais, “a ponto de precisar de borrifador de agrotóxico”.

“Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico. Porque orgânico é bom contra a soja para não ter agroindústria no Brasil, mas na maconha deles eles querem toda tecnologia à disposição.

Pode parecer loucura total e é.

A paranoia não para por aí, não há neste governo limite para o anormal.

Não satisfeitos com os delírios permanentes, Damares e Weintraub criaram canal no governo para denunciar professor.

Segundo a ministra, os pais de alunos poderão denunciar oficialmente os docentes que atentam contra a “moral, religião e ética da família”.

Não pensem que este povo amalucado vá parar por ai. O baú de maldades está superlotado de crueldades variadas.

A única coisa que poderia parecer preocupante seria o isolamento do país do resto do mundo, a crescente falta de respeito pelas nossas instituições e o reflexo disto na economia.

Nada disto parece incomodar uma parcela da população que parece desejar cada vez menos direito para si e a convivência pacifica com a miséria, com a estupidez, ignorância, truculência e loucura.

Quando como nos jogos os que estão fora conseguem visualizar e os que jogam não se atêm a qual a melhor jogada, o mínimo é esperar que sejam derrotados.

Juliette Binoche, depois de sua vinda ao Brasil, retornará com seu medo acerca de Bolsonaro para a França; os brasileiros aqui ficarão com suas ilusões até que enlaçados pela realidade já não tenham tempo e resistência para temer nada.

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