“Mais vulneráveis são os pobres, os que estão abaixo da linha da miséria, o povo, e com certeza a privatização do Daemo não virá para diminuir tarifa e se acaso houver melhorias na qualidade dos serviços será um milagre”.

Do Conselho Editorial

Muito embora alguns vereadores e o prefeito tenham dito em entrevistas que o referendo para endossar a privatização do Daemo fosse inconstitucional, não buscaram a justiça, através de Ação Direta de Inconstitucionalidade, para retirá-lo da Lei Orgânica do Munícipio.

E não o fizeram por uma razão muito simples: estavam mentindo cínica e descaradamente para a população para emplacar uma narrativa inverídica, um verdadeiro Fake News, ou história de fantasia, própria do mundo da fantasia que virou a que era para ser a casa do povo.

Só o apequenamento de um ser político poderia justificar a necessidade de uma mentira tão abaixo da linha do suportável em razão da insistência em destruir o patrimônio público construído com o suor e o dinheiro sagrado da população.

Embora não se possa dimensionar qual ou que vantagens esta decisão absurda e sem sentido possa trazer aos vereadores favoráveis a privatização de uma autarquia lucrativa e que resolveu quase todas as questões relacionadas a questão do abastecimento e tratamento de esgotos e outras relacionadas a sua obrigação.

É impossível para o senso comum acreditar que alguém que pretende projeção politica e tenha intenção de continuar se elegendo possa estar arriscando seu futuro nas urnas por nada, por coisa alguma.

Imaginar que o Daemo, que embora tenha enfrentado problemas pontuais em um período ou outro de sua existência, nunca foi alvo de críticas severas da população e trocado por uma empresa não será lembrado nas próximas eleições municipais é tolice ou burrice no mais alto grau.

O primeiro aumento na tarifa, o primeiro bairro desabastecido, a primeira diarreia do viajante, aquela que causa náusea, vômito e que costumam aparecer em pessoas que viajam para locais do mundo com tratamento de água deficiente, aí a grita vai ser geral.

Quem nunca, na alta temporada, cidade lotada de turistas, não ouviu a história de que a UPA e a Santa Casa estavam cheias de pacientes, (turistas e moradores) acometidos por estes sintomas e aÍ se culpabiliza alguma festa, restaurante e um ou outro mais esclarecido se dá conta que a superpopulação sobrecarregou o sistema de abastecimento de água e o tratamento ao líquido não foi tão eficiente como em períodos normais.

E o resultado escorre pernas abaixo.

Então, os vereadores que se posicionarem a favor da privatização com certeza serão muito criticados nas redes sociais, depois da votação e no período eleitoral, e a tendência é que a revolta se traduza em ausência de votos.

Neste quesito o autor do desejo de privatização, o prefeito Fernando Cunha, estará em situação bem confortável, já que não podendo se reeleger, será muito criticado nas redes sociais, se o sistema falhar, mas não precisará de votos nas urnas.

Segunda-feira em mais um golpe perpetrado por políticos, o povo será colocado de fora do inicio da discussão sobre a privatização do Daemo.

Será votada na Câmara Municipal de Olímpia a retirada da obrigatoriedade de consulta popular para privatizar o Daemo.

Como a questão do saneamento básico em Olímpia foi muito bem solucionado através dos anos, é de se notar os aspectos negativos da privatização não sem antes ressaltar que em cidades cuja situação é negativa, o novo marco legal do saneamento e a tentativa de universalização pode resolver algumas questões pendentes.

Um dos pontos mais controversos está em que empresas privadas existem para obter lucro e levar abastecimento de água e tratamento de esgoto a pequenos municípios pode não ser vantajoso.

Um dos motivos pelos quais a privatização em Olímpia seria um filé mignon para a empresa futura vencedora da licitação.

A sensação que se tem é de que prepararam o Daemo como propósito, a finalidade, de ser privatizado para dar lucro para alguém, só falta saber quem será este alguém.

Por outro lado, a Agência Nacional de Águas, que será a nova responsável por regulamentar o setor, não possui as estruturas para fiscalizar tarifação e fornecimento, o que torna especialmente preocupante a condição dos mais vulneráveis.

Mais vulneráveis são os pobres, os que estão abaixo da linha da miséria, o povo, e com certeza a privatização do Daemo não virá para diminuir tarifa e se acaso houver melhorias na qualidade dos serviços será um milagre.

Tomem por exemplo os serviços de telefonia e energia que a privatização viria para diminuir os custos e melhorar a qualidade e hoje o brasileiro têm os serviços de telefonia e energia entre os mais caros do mundo e com maiores números de queixas nos órgãos de defesa do Consumidor.

Mas no Circo da Aurora os presididos por Zé Kokão parecem estar querendo mais é que o povo vá catar coquinho na ladeira.