17 de novembro | 2019

Canil sem condições, ou a cachorrada continua?

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Do Conselho Editorial

Desde o governo de Eugênio José Zuliani que se vem tentando construir um canil municipal para atender as necessidades do município.

A tentativa de construção perpetrada por Geni­nho, para variar, culminou em investigação, não conclusão da obra, abandono total, sem contar que o projeto era simplesmente horroroso.

No entanto, uma corrida de olhos no currículo do moço no Wikipédia (a enciclopédia aberta da internet) e a pessoa sai com a convicção de que o mesmo é capaz de construir sozinho uma nave espacial para explorar os anéis de saturno.

Observando apenas o básico que pode se relacionar à vasta experiência em projetos e administração, retirando-se também a vasta experiência em gambiarras nota-se que:

Em 1994, Eugênio José ingressou na Faculdade de Engenharia Civil em São José do Rio Preto.

Geninho dividiu-se entre os estudos e o trabalho com o pai no comércio de bebidas, nas atividades agrícolas e junto com o irmão Carlos Cesar, na construção civil.

Repete-se, na construção civil, o que pode se deduzir seria hábil para pelo menos construir uma casinha decente para um cachorro morar.

Geninho é graduado em Tecnologia e em Gestão Pública pela UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina e tem Pós-Graduação em Master em Liderança e Gestão.

Exerceu a função de Coordenador do Programa Cidade Legal da Secretária de Estado de Habitação de São Paulo.

Foi presidente do Consórcio Pró Estradas.

Com esta bagagem e muito mais, porque é longa a lista de títulos do moço, cadela e cachorro nenhum poderiam imaginar que iriam ficar ao relento e que as obras mal projetadas nem chegariam ao final, uma cachorrada e tanto.

Veio a público o escândalo já no governo de Cunha e até hoje Geninho de coça por estas pulgas que o mau trato com a coisa pública lhe jogou nas costas e responde pelas sarnas e mazelas que provocou contra si.

Cunha foi a público e nos seus sinceros desabafos de autocrático ditador de plantão, denunciou as cacas deixadas pelo an­tecessor e prometeu roer este osso deixado para si.

Voltando ao Wikipédia, como se foi no caso de Eugênio, o cidadão vai se entusiasmar com o currículo e pode até pensar que este não está limitado a uma simples nave espacial para explorar os anéis de satur­no, vai bem mais além.

Se quem for pesquisar no Wikipedia estiver em dia de grande imaginação, ao verificar o listão de qualidades, poderá entender que o atual primeiro mandatário está apto a construir até o LHC (Grande Colisor de Hádrons), a máquina mais poderosa do mundo que tentará reproduzir o Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo.

Fernando Augusto Cu­nha é um político, o que pode estragar é isto, e engenheiro civil brasileiro. Ser brasileiro, no caso, pode contribuir no estrago.

Foi presidente do CODEVAR – Consórcio de Desenvolvimento do Vale do Rio Grande, Diretor de Distribuição da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), presidente da Companhia Energética de São Paulo, Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, membro efetivo de várias comissões na  Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, entre elas a Comissão de Serviços e Obras Públicas.

Pelo currículo era pra ser o Canil das Galáxias, mas não é.

Embora bem projetado, bem construído, bonito e tendo outros babados estéticos e profissionais atendidos, peca pelo excesso de calor e até pela distribuição das celas onde são colocados os animais e acaba se assemelhando a um presídio de segurança máxima.

O calor poderia ser algo simples de se resolver, se ao invés de currículo, houvesse humanidade, atuar em prol dos animais e não se preocupar apenas com as aparências pra sair bonito na foto. Aliás, nas fotos da inauguração ocorrida na última quarta-feira, 13, nenhum cão apareceu na solenidade, nas imagens divulgadas pela assessoria importada. Nenhum dos 70 lá aprisionados teve o direito de cortar a fita inaugural.

Pessoal que se dedica a causa animal está atento a qualidade de vida dos animais atendidos e se importa com razão que todos os requisitos para que os animais estejam bem atendidos sejam preenchidos e o do calor insuportável, não foi, não há uma árvore por lá, parece um deserto.

A criação de espaços verdes tem um impacto notável, segundo Martine, climatologista na Universidade de Neuchâtel e colaboradora do Instituto suíço de pesquisa sobre a floresta, a neve e a paisagem. “O fato de colocar a vegetação sobre o solo asfaltado permite uma redução da temperatura do ar em 5 °C”, explica ao jornal dominical ‘Le Matin Dimanche’.

Árvores em tamanho que propiciaria sombra e diminuição da sensação de calor naquele espaço encontram-se aos montes à venda na internet, basta ter vontade de corrigir o problema.

E na mesma internet onde se encontra os invejáveis currículos de Geninho e Cunha pode se encontrar outras alternativas rápidas para amenizar o problema.

 Existem no mercado algumas tintas que refletem o calor do sol, reduzindo a temperatura interna dos ambientes. O resultado disso é menos calor!

Essas tintas foram desenvolvidas para refletir os raios solares assim que incidirem sobre a superfície da parede ou do telhado que estão sob a cobertura.

 Dessa maneira, menos calor é absorvido, reduzindo a temperatura interna dos ambientes.

Outra característica desses produtos é o fato de serem ecologicamente corretos.

Eles colaboram com a proteção do meio ambiente, já que em sua composição utiliza-se água no lugar do solvente, proporcionando bem-estar para o usuário durante a aplicação e minimi­zando a agressão ao meio ambiente. 

Pintar o telhado de branco também ajuda a reduzir a temperatura

Estudos internacionais comprovam que pintar telhados e lajes superiores com cores claras reduz a temperatura no interior das edificações em cerca de 6°C, pois o branco reflete até 90% dos raios solares, enquanto a telha cerâmica comum absorve essa mesma porcentagem de calor.

Afora estas sugestões pode se recomendar o uso de mantas térmicas para proteger o ambiente do calor, do frio ou da chuva e goteiras.

O alumínio presente na manta irá refletir o calor que vem das telhas.

Sendo um material impermeável, impede também toda forma de ar, seja quente ou frio, além de barrar também a umidade.

Só o alumínio produz redução térmica verdadeira, chegando a 95% de redução.

Todas as informações deste editorial foram encontradas na internet inclusive o vasto e impressionante currículo de Geninho que não consegue construir um simples canil, ao de Cunha que consegue, mas, deixa a desejar na finalização, nada porém que não possa ser resolvido se houver boa disposição e um computador por perto caso interprete que possa haver outras sugestões por lá.

E deve haver. Lugar que abriga currículos que impressionam e decepcionam pode ter de tudo, basta vasculhar.

Os cães só pedem que esta situação se resolva o mais rápido possível, nem eles suportam tanta cachorrada.

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