15 de setembro | 2013
A morte das flores na chegada da primavera
Do Conselho Editorial
Quem passa pela Avenida Waldemar Lopes Ferraz, no trecho abaixo e acima da Rua São João, perceberá com nitidez o abandono que o atual governo relegou a cidade.
Há um estado de abandono no ar, as obras de calçamento e jardinagem parece que foram abandonadas há algum tempo, conferindo aquela área central da cidade uma idéia de desmazelo, de descuido, de inoperância do poder público.
A parte de cima do jardim, Praça da Matriz, chega a doer na alma ver que as azaléias, os lírios, as árvores e a grama dão sinal de que estão mortas ou morrendo por falta de cuidado.
E se o viajante dos abandonos for percorrendo praças e ruas verá que o governo de Eugênio José, tão preocupado com imagem e estética, entrou na fase Olímpia da depressão.
A antiga fonte luminosa próxima do Fórum e as novas rotatórias construídas neste governo dão bem a noção de que a casa só não caiu ainda por estar escorada em discursos fantasiosos, que vendem a idéia de que o reino que se desmancha está mais sólido que nunca. A Avenida Aurora Forti Neves, e outras, tão floridas no início do governo, com alto custo para o município e obviamente para o munícipe, agora estão entregues ao tempo e ao deus dará, ao que tudo parece indicar.
Lógico que há necessidades maiores e mais significativas que também parecem não estar na pauta do prefeito reeleito.
Estas, que envolvem Saúde, Educação, geração de emprego e renda dão a impressão que nunca estiveram presentes como prioridade neste desgoverno, devido a pouca importância que se deu a valorização do ser humano e do excesso de propaganda visando a venda de um mundo virtual.
Como não há bem que sempre dure nem mal que nunca termine, o fenômeno da reeleição mais uma vez vem demonstrar sua incapacidade crônica diante da constatação que governante em segundo mandato promove o fenômeno da paralisação de seus ímpetos faraônicos.
A Odisséia de Geninho não cumprirá nunca suas doze tarefas de forma profissional e eficiente, visto que passado o início de seu novo mandato e percorrida uma boa trajetória cronológica e não se anuncia e não se anunciou nada que não fosse o óbvio, o lugar comum.
Nada que alavanque de fato o progresso de nossa cidade, a não ser expectativas de projetos feitos a fórceps sem nenhuma demonstração de profissionalismo ou direção que indique resultados positivos.
Tudo parece o cansativo feijão com arroz de sempre, sem nenhuma criatividade, ressurreição de velhas abordagens malufistas e temas nada modernizantes da sociedade.
Um governo que esgota em si mesmo e que, infelizmente, por conta de sua enorme incapacidade de lidar com a realidade, não consegue fazer a observação mínima que a liderança que substituiu o método engana trouxa que pintava guias e sarjetas de cal branca para dar a idéia de boa administração, pelo plantio de flores e arborização de praças, não consegue nem cumprir esta função mínima.
E enquanto este governo não sai e não tira da profunda depressão em que jogou a cidade e seus habitantes, vão morrendo no início da primavera, por falta de cuidados, as azaléias, os lírios, as árvores, a grama e o cidadão necessitado, como as flores e as plantas, de cuidados especiais que não tem encontrado por aqui.
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