05 de agosto | 2023

30 anos depois Olímpia recebe no Folclore o Ministro do Turismo

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“A gente podia dizê, não, a gente qué uma sede, ou a gente qué um ônibus, aí me veio um estalo na cabeça, nós queremos ir pra um festival. Ele disse: qual é o festival? O Festival Folclórico de Olímpia.”

 

Do Conselho Editorial

Em 1994, para os que não sabem, Olímpia era uma referência nacional em razão de abrigar uma das maiores festas culturais do país, o Festival Nacional do Folclore e, neste ano, recebeu pela última vez a visita de um ministro de Estado para prestigiar o Folclore.

Estêvão Amaro dos Reis, em sua tese “O Grupo Sabor Marajoara no contexto do Festival do Folclore de Olímpia”, escreveu:

“O Sabor Marajoara encontra-se entre os grupos que há mais tempo participam do Fefol e possui uma característica que o liga de maneira singular ao evento: ele nasceu em função do Festival do Folclore de Olímpia.

A partir das experiências vivenciadas como dançarino do grupo os Baioaras, no ambiente do FEFOL, Parente, ao retornar a Belém, decide criar o seu próprio grupo.”

Narra Amaro que: “O episódio referente à visita do então Ministro da Cultura Francisco Weffort à cidade de Belém em 1996, na qual pode assistir a uma apresentação do Sabor Marajoara, demonstra a dimensão das experiências vivenciadas por Parente no contexto do FEFOL.

Após a apresentação o ministro Weffort aparece sem ser esperado, no camarim do teatro. Ele […] queria conhecer o Sabor Marajoara […] Ele foi lá, cumprimentou, perguntou assim: qual era o nosso maior desejo. A gente podia dizê, não, a gente qué uma sede, ou a gente qué um ônibus, aí me veio um estalo na cabeça, nós queremos ir pra um festival. Ele disse: qual é o festival? O Festival Folclórico de Olímpia.”

Interessante notar e extrair da narrativa de Estevão Amaro que o diálogo se tratava entre duas pessoas que já haviam estado em Olímpia em razão da importância do Festival do Folclore.

Parente havia residido em Olímpia e ao retornar ao seu estado montou o grupo Sabor Marajoara, já Francisco Weffort havia visitado Olímpia em 1994, enquanto Ministro da Cultura, no período do Festival do Folclore.

Poucos anos depois o grupo Sabor Marajoara passou a ser figura frequente na festa nacional organizada na cidade, ministros de estado, nunca mais.

Hoje, a discussão predominante não é o Festival do Folclore, que ressurge a passos lentos e volta a tomar força, é o turismo, abrigando o 4º parque aquático mais visitado do mundo.

Neste cenário, a cidade, trinta anos após receber o Ministro da Cultura, recepcionará o Ministro do Turismo.

Esta visita que supervaloriza o folclore nacional ao mesmo tempo joga foco na nova vocação da cidade que é o turismo e tem o conteúdo objetivo de colocar novamente Olímpia em lugar de destaque na pauta federal.

Não há como não reconhecer que este momento é singular para a administração pública e para a cidade como um todo.

O fato de um ministro se deslocar de Brasília até Olímpia mostra a importância do Folclore e do Turismo e a importância de uma administração focada em produzir benefícios para a população e colocar o que a cidade dispõe de melhor para discussão nas pautas nacionais.

E que pedidos feitos por Parente ao Ministro Wefortt, reportados na tese de Amaro, voltem a se repetir:

“A gente podia dizê, não, a gente qué uma sede, ou a gente qué um ônibus, aí me veio um estalo na cabeça, nós queremos ir pra um festival. Ele disse: qual é o festival? O Festival Folclórico de Olímpia.”

Porque Folclore e Turismo é o que Olímpia tem de melhor.

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