19 de dezembro | 2021

Vereadores confirmam para populares que não tinham a mínima noção do que iriam votar

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ESTRATÉGIA SUJA?
Vereador diz que se o executivo quiser que entre com ADIN na justiça para suprir inciso. Vereadora diz que não se sentia esclarecida com os pontos suprimidos e os acrescentados. “São trecentos artigos!”.

Após a realização da sessão extraordinária que demorou aproximadamente meia hora e apenas votou a permuta de um terreno solicitada pela prefeitura, foram insistentes os pedidos de explicação por parte da plateia. Os vereadores que se dispuseram a debater com os populares acabaram confirmando que não tinham a mínima noção do que iriam aprovar.

A maioria dos vereadores acabou nem dando bola para os populares. Três deles, no entanto, acabaram tentando sanar as dúvidas dos moradores de Olímpia presentes: as vereadoras Edna Marques e Cristina Reali e o vereador Helio Lisse foram os únicos que se apresentaram.

Sobre quando seria a nova reunião, a vereadora Edna Marques tentou desconversar dizendo: “Hoje entraria na pauta não a privatização do Daemo, o que entraria na pauta era a mudança da Lei Orgânica e do regimento. Foi retirado e a gente não sabe quando ele volta”.

ACOMPANHE O SITE PRA FICAR SABENDO

Já Cristina Reali foi mais evasiva ainda: “acompanha o site da Câmara, que tudo o que a gente for fazendo, vai estar no site”. Ao que o popular Fernando Almeida refutou: “Esse referendo você votou na época e foi a favor (para a Cristina Realli), quando o Bertoco era vereador.

Aí o vereador Helio Lisse, intercedeu: “Viu-se a necessidade da revisão da Lei Orgânica e, nessa revisão, achou por bem suprimir o artigo 181, no primeiro momento. Só que os vereadores, sensíveis ao conhecimento dos fatos, foram até o executivo e disseram que realmente não queremos que mexa nesse artigo, ouvindo o clamor da sociedade e a princípio foi retirado”.

E continuou: “É o seguinte, lá está escrito, referendo e geralmente você vincula que esse artigo é uma defesa que a sociedade tem, e ele tem que permanecer. Mas é inconstitucional? Aí vai se discutir isso na seara constitucional”.

NÓS REJEITAMOS E O EXECUTIVO
QUE ENTRE COM ADIN

Lisse ainda complementou: “Nós rejeitamos e se há uma inconstitucionalidade é problema do executivo, que ele recorra através de uma ADIN”.

Os populares insistiram sobre a volta para votação e Lisse argumentou: “Não tem previsibilidade. Nós temos que trazer o regimento, provavelmente em janeiro, e a lei orgânica também”.

O vereador foi então interrompido pela vereadora Edna Marques que afirmou: “Não se tem essa urgência de votar esse regimento e essa lei orgânica. Nós podemos votar no ano que vem, nós podemos fazer uma audiência pública”.

Outro popular reforçou que queria saber se eles garantiam que o referendo iria continuar e Helio Lisse afirmou: “É o momento que o poder executivo tem de chegar à sociedade e falar que tem essa intenção por esses e esses motivos. Se você tira essa possibilidade do discurso, e aí?”

VEREADORA CONFIRMA QUE NÃO SABIA
PONTOS SUPRIMIDOS E NEM OS ACRESCENTADOS

Sandra Fantoni que estava presente refutou: “Isso que nos aflige. Porque nós não fomos ouvidos. Nós seremos prejudicados, principalmente a população com renda mais baixa. O que nós podemos fazer? Com quem nós podemos contar? É com vocês, né?

A vereadora Cristina Reali, então declarou: “O regimento interno tem que estar em consonância com o Lei Orgânica. Foi aí que nós reparamos que tinha alguns itens que se chocavam”.

Já Edna Marques pontuou que os dois projetos de revisão têm trecentos artigos e que é preciso muita discussão e muito debate. “Eu não estava totalmente esclarecida, nos pontos que foram suprimidos e nos pontos que foram acrescentados. Por isso eu pedi a retirada, não sei se foi por isso que foi retirado. Nós vamos debruçar em cima disso, tirar todas as nossas dúvidas, aí sim eu faço a minha convicção, o meu juízo de valores, aí eu voto a favor ou contra. É essa a minha posição!

EMPRESA TERÁ QUE EXPLICAR AS MODIFICAÇÕES

Já Helio Lisse complementou: “A gente quer que a empresa que fez essa revisão, pontue e sente com os vereadores e aponte cada artigo modificado e quais foram as modificações, até então isso não tinha sido feito. Então nós exigimos que a empresa que fez a revisão sente com a gente e que tenhamos a ideia de tudo o que foi mudado. E não dá para ser de um dia para o outro.

Perguntado se sabia como contatar a empresa que se chamaria GPP Consultoria e Serviço Ltda, o vereador exclamou: “Não sei, você teria que ver com a contabilidade. Está longe do meu alcance para responder”.

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