O título de estância turística para a cidade de Olímpia, que está sendo requisitado através de Projeto de Lei de autoria do deputado Valdomiro Lopes, está emperrado na Assembléia Legislativa de São Paulo. De acordo com as informações veiculadas recentemente, a possibilidade de entrar na pauta de votação é considerada pequena em razão das definições que estão sendo entendidas pelo presidente da mesa, deputado José Carlos Vaz de Lima.

Por ser o atual presidente da Assembléia, Vaz de Lima não apresentou nenhum projeto este ano. Antes de iniciar o recesso, ele afirmou que a casa votou apenas projetos relevantes, dando idéia que os demais, como no caso de Olímpia, seriam sem importância alguma.

A informação foi divulgada pelo jornal Diário da Região de São José do Rio Preto, segundo consta, com base em informações fornecidas pela própria Assembléia Legislativa de São Paulo.

A afirmação de Vaz de Lima, pelo que se subentende, se deu no sentido de justificar o trabalho de três da casa. "Mas votamos projetos importantes, o que me permite dizer que o semestre não foi em vão", teria afirmado ao jornal.

Segundo o jornal, os sete deputados eleitos pela região de Rio Preto (quatro federais e três estaduais), incluindo-se a microrregião de Olímpia, não conseguiram aprovar nenhum projeto de lei desde o início da atual legislatura.

Apesar de ser início de mandato, a região foi pouco lembrada pelos deputados, até mesmo na hora da apresentação dos projetos de lei que, futuramente, depois de aprovados, poderiam beneficiar de alguma maneira suas bases eleitorais.

De acordo com o jornal, o deputado Valdomiro Lopes foi quem mais apresentou projetos, num total de 57, sendo a maioria deles de declaração de utilidade pública a associações de pequenas cidades e títulos de estâncias turísticas a vários municípios, dentre eles Olímpia e Guaraci.

Vaz de Lima afirmou ainda que não é a quantidade de projetos aprovados que marca a produção da Assembléia e até criticou os colegas deputados pelo número de projetos apresentados. "Não concordo que se vote qualquer tipo de projeto. Temos tantas leis já em vigor. Não podemos votar por votar, para depois ser vetado. Só atrasa o processo", teria dito.

Somente no mês de junho, a Assembléia votou 38 projetos, sendo 22 denominações e 14 propostas de utilidade pública.