25 de abril | 2021

SIP cita caso do incêndio nesta Folha em relatório que denuncia a “agressividade permanente” contra imprensa brasileira

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Caso de Olímpia seria fruto do clima de
intolerância e autoritarismo que resulta
em ódio no Brasil. Relatório foi
apresentado esta semana na
assembléia semestral
da SIP em Miami, nos
Estados Unidos.

DA REDAÇÃO COM UOL
O caso do atentado terrorista do bombeiro incendiário, que pode ter sido a mando de seus possíveis comparsas, à sede Folha da Região de Olímpia, ocorrido na madrugada do último dia 17 de março último, foi citado como prova da agressividade permanente que vem sofrendo a imprensa brasileira em razão do clima de intolerância e ódio que tem sido incentivado pelo chamado gabinete do ódio que teria ligações com o atual presidente Jair Bolsonaro.

A matéria foi publicada no UOL – Universo Online, e a reunião do SIP, Sociedade Interamericana de Imprensa, aconteceu em Miami na quarta-feira, 21, nos Estados Unidos. Na ocasião, a sociedade considerou que persiste um “quadro muito negativo” para a liberdade de imprensa no Brasil, enquanto, segundo a entidade, o presidente Jair Bolsonaro incentiva uma “agressão permanente” contra a atividade jornalística.

INTOLERÂNCIA E

AUTORITARISMO

A afirmação consta em um relatório sobre o Brasil apresentado na assembléia semestral da SIP, que foi aberta virtualmente na terça-feira e que se estendeu até sexta, para analisar os principais desafios do jornalismo no continente.

“A intolerância e o auto­ritarismo que caracterizam o governo de Jair Bolsonaro continuam como razões fundamentais para um quadro muito negativo da liberdade de imprensa”, inicia o relatório sobre o Brasil apresentado pela SIP.

“O presidente persiste nos seus ataques ao jornalismo, procurando sempre desqua­lificar profissionais e empresas do setor e promovendo a agressividade permanente de setores da sociedade contra a atividade jornalística”, acrescenta o documento.

Como exemplo do “clima agressivo dos setores autoritários” no Brasil contra a liberdade de imprensa, ele cita o atentado sofrido no último dia 17 de março pelo jornal “Folha da Região”, da cidade de Olímpia, em São Paulo, onde parte de sua sede foi destruída por incêndio criminoso.

O ATENTADO

CONTRA

A FOLHA

O suposto autor do atentado, identificado pela polícia, expressou em seu interrogatório “seu desacordo com a linha editorial do jornal em defesa das medidas de isolamento social necessárias” para combater a pandemia do coronavírus.

A SIP também menciona um ataque cibernético contra o “Portal Catarinas” e ataques a repórteres que cobriam protestos públicos.

Da mesma forma, o relatório cita um texto da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que mostra que o Brasil é o país com o maior número de jornalistas mortos pela Covid-19, com 169 vítimas de abril de 2020 a março deste ano.

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