06 de agosto | 2010

Sindicância vai apurar envolvimento de atirador com drogas

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Garantindo que não pretende
maquiar uma notícia, até porque não se considera acima do bem ou do mal, o
chefe de instrução do Tiro de Guerra 02-025, Peter Paul Aoki, informou na manhã
da quinta-feira, dia 5, que o atirador Adriano de Melo César Botas, de 20 anos
de idade, não foi recolhido a um presídio do exercito como fora divulgado
inicialmente, mas que o caso será apurado através de, inicialmente, uma
sindicância interna e, depois, se configurado o crime, de um inquérito policial
militar.

De acordo com o sargento, o
atirador estaria incurso no artigo 290 do Código Penal Militar, que prevê que a
posse, uso, mesmo para consumo próprio, constitui crime

“Porém, o artigo 28
caracteriza como posse e não como tráfico, então, como esse ato não foi
cometido no interior do Tiro de Guerra, não foi preso e levado à justiça
militar. Será aberta uma sindicância para instaurar em que condições ocorreram
os fatos e, se nesta sindicância o comandante da 2.ª Região Militar entender
que houve indício de crime, ai será aberto inquérito policial militar para
apurar”, explicou Aoki.

Segundo ele, “como não se
caracterizou o crime de tráfico, o atirador não pode ser preso e conduzido para
o Batalhão de Lins, que é a nossa unidade militar mais próxima que recebe os
jovens que cometem delitos”.

Entretanto, mesmo na condição
de militar do exército, ele responderá por posse ilegal de entorpecentes na
justiça comum e “dentro da nossa corporação, que não admite esse tipo de
deslize, abriremos uma sindicância interna para tomar os procedimentos
administrativos relativos à punição que sofrerá enquanto atirador e militar”,
reforçou Aoki.

Adriano Botas foi flagrado e
detido pela Polícia Militar vendendo substâncias entorpecentes, na noite da
terça-feira, dia 3, por volta das 20 horas, na rua do Canário, esquina com a do
Ipê, no Jardim Antônio José Trindade, em Olímpia

Consta que no momento da detenção ele estava acompanhado do desocupado Willian
Aparecido Matos Silva, de 19 anos, ambos residentes no Jardim Antônio José
Trindade, COHAB I

Os policiais receberam denúncia de um morador e foram até ao local e
permaneceram observando de longe que os dois conversavam e estavam vendendo
droga para Cleiton Dutra Santana, mas quando foram se aproximar os dois
tentaram fugir.

Mesmo assim, foram abordados e com o atirador foi encontrada uma carteira
contendo R$ 60 em dinheiro e três porções de pó branco, aparentando ser cocaína
e, no chão, um pedaço de uma erva parecendo se tratar de maconha, e um cigarro
pronto

Cleiton Dutra alegou aos policiais que é usuário de droga e que veio de Guaraci
para comprar droga no local, com os dois acusados, pagando R$ 10.

Os dois foram detidos e
levados à Delegacia de Polícia, onde o atirador teria confessado ao chefe de
instrução do Tiro de Guerra, que vende drogas desde a Festa do Peão,
comercializando a trouxinha de maconha por R$ 5.

O sargento Peter Paul Aoki foi comunicado mas acabou não efetuando a prisão do
atirador, segundo informações, em razão da quantidade que foi apreendida.

Já Willian Silva responderá
em liberdade, apenas pelo crime de porte de entorpecentes, porque o delegado
Mario Renato Depieri Michelli fez apenas a apreensão da droga

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