Secretario de obras de Olímpia, Luis Carlos Biagi (foto), em entrevista concedida à rádio Espaço Livre recentemente, sinalizou que mesmo Olímpia sendo uma cidade turística que recebe grande parte de seus visitantes através desta via, a prefeitura não consegue cuidar da manutenção da rodovia vicinal Natal Breda e sugeriu que a única saída estaria na Estadualização da estrada.

Segundo Biagi a situação da Natal Breda é preocu­pan­te, já que constantemente fica em estado lamentável de conservação pelo próprio uso, pois é considerada estrada fuga de pedágio.

“Só tem uma solução para a vicinal que é a esta­du­alização. O município acaba não tendo o recurso necessário para fazer uma obra completa de reforma da rodovia. Seria necessário praticamente jogar fora a­quela rodovia e fazer uma rodovia nova com terceira faixa, com acostamento e tudo mais. E o custo disso seria muito alto”, afirmou.

E complementou: “Também não dá pra fazer isso somente até a ponte do rio Turvo. Teria que ser feita nela toda, até a ligação com a Whashington Luis. Então, precisaria da participação dos outros municípios e da estadualização da referida via”.

A Espaço Livre também ouviu a senhora Maria Raimundo – moradora  do São Benedito – que destacou que os moradores da região estão encontrando problemas já faz muito tem­po. “De vez enquanto uns reclamam, ai eles mandam arrumar a rodovia, mas não é suficiente. Não sei o que eles colocam mas não vale nada. Porque toda vez é isso, arruma e quebra. Até um certo ponto a rodovia foi muito bem feita, mas de um certo ponto pra lá a rodovia não tem nada, é u­ma casquinha de nada, uma casquinha de ovo, aquele asfalto não a­guenta, então a gente não tá pedindo muito, a gente ta pedindo apenas para salvar vidas”, afirmou.

O secretário, então, explicou que a estrada vicinal tem um projeto geométrico e um projeto estrutural pa­ra um trânsito de pequeno volume e hoje a via é considerada uma rota de fuga de pedágio. “É uma estrada de volume diário muito alto, muito acima do especificado no projeto. E com esse excesso de carga e de veículos danifica não só a capa, mas sim a estrutura também”, explicou.

Biagi argumentou ainda que a prefeitura tem realizado operações tapa-buracos que no período das chuvas ocorrem com mais fre­quên­cia. “Nós iniciamos uma segunda operação destas no final do ano de 2015 e já entramos em 2016 também. As providencias que es­ta­mos tomando agora vão além da operação tapa-buracos. Vamos fazer correções pontuais de base, retirando a capa, retirando o suporte, voltando com o re­forço e em seguida você volta a capa, mas isso em pontos críticos”, declarou.

E continuou: “O que deveria ocorrer nesta estrada mesmo é a estadualização. É o Estado assumir esse ô­nus, porque são 12 km; é um custo altíssimo e com o estado assumindo poderia ser alterado o perfil geométrico e a capacidade de suporte, com isso alargando, fazendo acostamento, sinalizando de forma compatível com aquilo que uma estrada estadual exige. Hoje a sinalização esta correta mas atendendo única e exclusivamente um tramite vicinal”.

E conclui: “A característica de estrada vicinal é a interligação de bairros rurais e a cidade para atender exclusivamente a produção agrícola, o transporte escolar e o transporte do morador. E isso não acontece na vicinal Natal Breda. Ela interliga cidades, região de Minas Gerais, justamente para você não pagar o pedágio que tem na região de Ibirá”.