A afirmação e crítica se deram em meio a elogios que teceu ao evento que organizou. “O importante é que houve um desfile bonito onde se estruturam, mas acho que (público) merecia mais. Acho que com um valor desse (mais de R$ 21 mil por escola) dá para fazer uma coisa melhor ainda”, declarou.

O secretário concedeu entrevista à emissora de rádio local que, segundo comenta-se nos meios políticos, teria sido arrendada pelo prefeito Eugênio José Zuliani através de seu grupo político, no início da tarde da quinta-feira desta semana, dia 23.

Como se sabe, cada escola de samba que se apresentou recebeu a quantia de R$ 21.633,00. Mesmo com o retorno da Escola de Samba Unidos da Cohab, no total foram três agremiações: Vem Comigo e Samba Sem Compromisso. Outras duas, uma por desistência por motivos religiosos (Sempre Arrasando) e outra por falta de prestação de contas (Gaviões da Verde e Rosa) não se apresentaram neste ano.

Mesmo assim o secretário comemora o fato de terem sido as escolas de samba que garantiram maior presença de público no carnaval. Segundo ele, elas carregaram mais de 24 mil às praças no carnaval. “Nós tivemos nos dias de desfiles mais de 12 mil pessoas na praça”, afirmou ao comentar o acerto em levar o carnaval de volta à praça.

Por outro lado, sobre o chamado carnaval do povão, os shows, diz que é o caminho certo, mas admitiu que o interesse dos jovens de Olímpia, principal alvo dos estilos musicais escolhidos, uma vez que pessoas com mais idades preferem as chamadas marchinhas de carnaval, ainda foi pequeno.

“Daqui uns três anos a população olimpiense, principalmente os jovens que iam para Severínia e Guaraci, vão começar a fincar no carnaval de Olímpia também. Isso é (uma) intuição, não tenho nenhum dado para informar”, disse.

Puttini defendeu a escolha dos estilos apresentados nos shows dizendo que dá para misturar axé, música sertaneja e outros ritmos e estilos. Inclusive falou de várias duplas sertanejas conhecidas na região que se apresentaram em Salvador fazendo um “mistureba” (sic) da cultura popular brasileira.
Além disso, confirma que copiou o estilo do carnaval que é feito em Salvador, na Bahia, mas ressaltando que a disponibilidade de recursos financeiros em Olímpia é menor que naquela cidade.

“Adequamos para que pudéssemos oferecer ao folião olimpiense a mesma grade de shows, em termos de estilos musicais, que Salvador oferece”, finalizou.