26 de abril | 2010

Secretária confirma epidemia de dengue em Olímpia

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Embora ainda enviando exames para o Instituto Adolfo Lutz, de Ribeirão Preto, a secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, confirmou na tarde desta sexta-feira, dia 23, que o município de Olímpia já vive situação de epidemia de dengue, doença transmitida pelo mosquito aedes-aegypti, adulto e contaminado.

A situação epidemiológica, de acordo com um comunicado divulgado no dia anterior, apresentava o total de 173 casos positivos. Porém, a definição de epidemia no município, ocorre também em razão dos casos de transmissões locais, que já totalizam 150.

As transmissões locais da doença são praticamente responsáveis pelo crescimento verificado nos últimos sete dias, ou seja, cerca de 37,6% (passou de 109 para 150), contra 39%.

Na comparação com o total geral de casos verifica-se um crescimento de aproximadamente 39% (passou de 124 para 173), estando embutidos nestes números os casos considerados importados, quando a pessoa contrai a doença em outra localidade.

Entretanto, Silvia Forti avisa que se levar em conta o fato da cidade se encontrar rodeada por Barretos, Bebedouro e São José do Rio Preto, que apresentam situações bem mais complicadas, a situação local pode ser considerada até tranqüila e normal, em razão do fluxo de pessoas envolvendo as quatro cidades, principalmente no caso de Rio Preto, onde centenas de alunos vão estudar diariamente.

“Estamos realizando um trabalho muito forte no combate aos criadouros do mosquito transmissor, mas precisamos também contar, e muito, com a colaboração da população na receptividade aos nossos agentes”, explica a secretária.

A coordenadora de Vigilância e Saúde, Marli Manzatto dos Santos Belluci, informou, porém, que a coleta de exames continuam mesmo chegando à situação de epidemia, que é quando o Estado determina a paralisação dos mesmos.

“Até o momento não recebemos alerta para parar de colher exame. Provavelmente, até a semana que vem, nós já receberemos esse alerta, porque já chegamos a 150 casos autóctones.

Provavelmente, a partir da semana que vem não vai fazer mais a coleta de exame. A gente vai pela situação clínica, ou seja, os sintomas dessa pessoa, mais o bairro onde ela mora ou a cidade onde ela esteve, a gente vai fechar o caso como positivo ou negativo”, disse.

RIBEIRO DOS SANTOS
A preocupação é maior ainda com o distrito de Ribeiro dos Santos. De acordo com a coordenadora, na terça-feira, dia 20, a situação já era preocupante também no Distrito de Ribeiro dos Santos, onde 24 moradores já tinham sido contaminados pela doença. “Para aquela população que temos ali, está instalada uma epidemia”, afirmou.

A maioria das pessoas, segundo Santos, adquiriu a doença na cidade de Olímpia. “Mas uma grande parte adquiriu também lá em Ribeiro dos Santos”. Também no distrito de Baguaçu, a Vigilância Epidemiológica já havia registrado um caso positivo. “A gente pede para que redobrem os cuidados, redobrem as observações de criadouros”, pede também a coordenadora.

Por outro lado, para Marli Santos, o fato de já ser o quarto mês do período de transmissão – começa em janeiro – e ter chegado somente a este total, é motivo para se comemorar o resultado do trabalho.

“Acreditamos e somos muito críticos para chegar a essa conclusão, que Olímpia a gente conseguiu controlar. Porque em outros anos, nós chegamos a mais de 800 casos. Então, até o momento é ruim, foi ruim para as pessoas que contraíram o dengue, foi ruim para o município, mas em termos gerais nós acreditamos que tenhamos contido bastante essa epidemia”, comentou.
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