08 de dezembro | 2013

Santa Casa de Barretos corta o atendimento de 4 especialidades

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Embora não tenha sido confirmado oficialmente por ninguém da diretoria da instituição, a Santa Casa de Barretos, que atualmente está sob uma intervenção da Prefeitura local, já teria cortado o atendimento de pacientes de quatro especialidades médicas. Além disso, o hospital já teria cortado 30 dos 250 leitos autorizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Pelo menos é isso que se pode depreender de informações creditadas à secretária municipal da Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, publicadas em um blog conhecido pela forte ligação que mantém com o gabinete do prefeito Eugênio José Zuliani.

Trata-se de uma situação que atinge tanto a saúde pública de Olímpia, quanto das cidades da microrregião que também integram o Colegiado de Gestão Regional (CGR). “Essa situação atinge a assistência de Saúde pública de Olímpia e das cidades de nosso Colegiado”, teria afirmado a secretária.

De acordo com o que teria informado foram interrompidos os serviços de Neurocirurgia, Ortopedia, Psiquiatria e Gestação de Alto Risco. “Estamos extremamente preocupados, pois é nossa referência. Já solicitamos ao DRS-Bar­re­tos outra referência para os pacientes de Olímpia”, que, segundo disse, poderá ser São José do Rio Preto.

A secretária da Saúde teria dito também: “estamos fazendo levantamento, pois pactuamos recursos financeiros na Santa Casa de Barretos e o município de Olímpia nunca ultrapassou os limites pactuados, dessa forma é necessário que os mesmos sejam realocados onde se dará a assistência”.

Consta que, gradativamente, a Prefeitura de Barretos estaria cortando 30 dos 250 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) da Santa Casa local, com a finalidade de tentar reverter a crise financeira que vive o hospital e uma dívida acumulada de R$ 63 milhões.

A administração municipal, que assumiu o controle do hospital há três meses por determinação do Ministério Público (MP), atribui à alta demanda de serviços, com pacientes de mais 19 cidades da região, além de outros estados, o déficit mensal de R$ 800 mil.

Segundo a informação, os cortes continuarão por dois meses, período em que a Prefeitura espera receber repasses dos governos estadual e federal para reequi­li­brar as contas da unidade. Caso isso não aconteça, além das vagas não serem restabelecidas, outros procedimentos começarão a ser cortados.

Os leitos serão fechados gra­da­tivamente, à medida que pacientes de diferentes especialidades receberem alta, disse o prefeito de Barretos Guilherme Ávila. Mas não afetam casos mais graves, como os da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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