O trabalhador rural Robson José Ferraz Galeriano, 31 anos, vulgo “Ratinho”, que residia na rua Vicente Salemi, no Jardim Cantervelli, em Olímpia, acabou morrendo ao passar a noite pendurado por uma corda amarrada à cintura, possivelmente ao tentar furtar uma loja de tratores da cidade, localizada ao lado da Rádio Difusora.

Ele foi encontrado por familiares, já sem vida e pendurado e amarrado na cintura por uma corda. A tentativa de furto com morte foi registrada às 10 horas da manhã da quarta-feira, dia oito, na avenida Governador Adhemar Pereira de Barros, onde funciona uma revendedora de tratores.

Segundo foi apurado inicialmente, ele tentava descer de rapel quando ficou preso. A mãe de Galeriano, a cozinheira S.N.F., 52 anos, disse que o filho saiu de casa na noite anterior e por volta da meia-noite o amigo que o acompanhava voltou à residência dizendo que o filho havia caído de um muro e pedia socorro.

De acordo com o irmão da vítima, Rodrigo Ferraz Galeriano, durante a madrugada sua mãe foi avisada por um elemento conhecido por Tiãozinho, dando conta que Ratinho estava pendurado e enroscado no telhado do barracão da revendedora Massey Fergusson.

No entanto, somente no início da manhã é que saíram a procura dele, quando foi encontrado já sem vida pendurado no lado interno da loja.

Há indícios de que Ratinho, juntamente com Tiãozinho, teriam escalado a parede do barracão e, depois de quebrar a telha, Ratinho tentava descer por uma corda de naylon, como se estivesse fazendo rapel. Para tanto ele teria amarrado a corda na cintura.

Usando uma travessa de madeira para apoio tentou descer do lado de dentro da loja, possivelmente com o objetivo de furtar peças. Porém, quando descia, a outra ponta da corda escapou de suas mãos e ficou enroscada no telhado.

OUTRO BO
No entanto, outro boletim registrado também na quarta-feira, por volta das 14h30, na avenida Mário Vieira Marcondes 512, em Olímpia, policiais militares averiguaram um suspeito de ter participado da tentativa de furto.

Consta que em diligência pela avenida os policiais encontraram com o funcionário da frente de trabalho da prefeitura de Olímpia, Sebastião Aparecido Francelino da Silva, de 36 anos de idade, vulgo “Tiãozinho”, que reside na rua Sertãozinho, Jardim São José, e questionaram a citação do seu nome e que ele teria ligado para a mãe de Ratinho.

Tioãozinho alegou que estava no bar do Zaino, que fica na avenida, em companhia do Ratinho durante a madruga e que o colega teria saído sem que ele percebesse e que saiu à procura do colega e saiu em busca, quando passando perto da loja de tratores ouviu pedidos de socorro que seriam de seu amigo.

A Polícia Civil está investigando o caso e Tiãozinho pode até ser acusado de omissão de socorro por ter possivelmente causado a morte do colega Ratinho. Tiãozinho já tem passagem por tráfico de drogas.

Tiãozinho concedeu entrevista à rádio Menina AM na qual contou sua versão sobre o que ocorreu com o colega. Segundo ele, conversavam no bar sobre uma pescaria que iriam fazer no próximo final de semana.

Na entrevista ele explicou que conhecia o colega há mais ou menos 11 anos e que se encontraram na noite da terça-feira, mais de 23 horas, quando foram ao bar tomar pinga e conversar sobre a pescaria. “A gente pescava sempre”.

Depois de não encontrar mais o colega na porta do bar, segundo ele, saiu em direção a casa dele para pegar uma bolsa que tinha deixado lá quando saíram. “Passando lá escutei gritar socorro dentro barracão e fui até mais perto … escutei e reconheci a voz dele”.

“Aí desci na casa da mãe dele que é ali perto e falei o Robson ta lá dentro da Tracbel, uma coisa assim, de trator lá, está lá dentro e está pedindo socorro. Ela falou eu não quero saber de nada não. Você saiu com ele, você se vira. Ela não gostava que a gente andava junto porque a gente bebia”, acrescentou.