02 de agosto | 2009

Representante da coligação afirma que não irá recorrer

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 O representante e delegado da Coligação “União Pela Moralidade e Justiça”, jornalista e advogado José Antônio Arantes (foto), afirmou no final da tarde da quinta-feira, dia 30, que não irá, pessoalmente, recorrer da decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que não deu provimento ao recurso que pedia a anulação da última eleição para prefeito de Olímpia, mas que poderia substabelecer, por questão ética, se o candidatos do PV, o funcionário público da justiça, Walter Gonzalis, que se candidatou a prefeito e o candidato a vereador, Willian Zanolli, assim o quisessem.

No entanto, Gonzalis não manifestou interesse neste sentido e Willian Zanolli está em dúvida se continua ou não com a pendenga judicial, então será preciso aguardar apenas a decisão de Zanolli e, também a manifestação do Procurador Regional Eleitoral em São Paulo que também tem legitimidade, para saber se a decisão do tribunal em São Paulo terá recurso ou não.

Como cidadão que foi representante de uma coligação que elegeu o atual presidente da Câmara e mais um vereador, e esteve bem perto de fazer o candidato a prefeito, pela chamada terceira via, pela qual trabalhou desde 1999, quando, junto com o artista plástico Willian Antônio Zanolli, montou o PV em Olímpia, entende que cumpriu o seu papel.

Como advogado, depois da decisão do TRE, entende que “a justiça nem sempre é justa, já que as leis são interpretadas por seres humanos e suas decisões nem sempre refletem a situação fática vivida pela população”.

No presente caso, segundo ele, ficou mais que estampadas todas as irregularidades que se tentou mostrar, no entanto, a realidade que está presente até hoje nas rádios locais e ficou constatada, principalmente, pelas dezenas de processos durante as eleições, não serviram para sustentar uma decisão que coibisse esta amarga realidade.

“Quem perderá, como sempre, serão os cidadãos que terão que conviver com, de um lado, os positivistas extremados, que só conseguem enxergar o paraíso oficial e, de outro, os negativistas sacramentados, que só verão a desgraça e soltarão farpas de ódio contra os que estão no poder, que é passageiro, mas o povo não, e, este sim, terá que aturar este estado de coisas digno de uma república de mentirinha”, afirma.

“Claro, que, como jornalista, continuarei a exercer a profissão sempre buscando estar o mais próximo possível da verdade, doa a quem doer. Apenas deixo a seara política partidária que, diferentemente do jornalismo, visa chegar ao poder para fazer a diferença. Vou atuar na conscientização. Considero minha missão política e cidadã cumprida. Foram mais de 10 anos tentando mudar o quadro local. E conseguimos acelerar bastante o processo. Agora é preciso surgir lideranças novas. É preciso que novas cabeças entendam que é extremamente necessário lutar por esta cidade.

E saiam de peito aberto, defendendo a verdadeira democracia que, na verdade, é a busca constante do bem comum, com ética e moralidade, sem medo de cara feia e perseguições”, acrescenta.Antônio Arantes ressalta que acontecimentos jurídicos como o que envolve essa representação eleitoral, fazem com que encerre um ciclo que considera importante para sua vida, seja pessoal, seja profissional.

“Depois de mais de uma década, vou me recolher à vida de jornalista e advogado, claro, da mesma forma como fui até hoje. Mas saio da vida política com a certeza de que é possível mudar este quadro nojento em que sempre triunfam o engodo e a enganação. Afinal, quase chegamos lá”, finaliza. 

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